30 ABR 2021 - 14 JUN 2021
No contexto da exposição Studentato – uma parceria entre Fundação de Serralves, a Federação Académica do Porto e a Universidade Católica Portuguesa –, presente no campus UCP com a escultura de Rui Chafes, Secreta Soberania (Até que chegue o nosso doce reencontro) e Secreta Soberania (Quando te vejo o mundo à nossa volta deixa, por momentos, de existir), a Escola das Artes apresenta um programa paralelo a partir da obra de Rui Chafes.
RUI CHAFES
Prémio Pessoa em 2015, Rui Chafes (Lisboa, 1966) é um nome consagrado no circuito nacional e internacional de Arte Contemporânea, expondo com regularidade desde os anos 80. A sua obra, de grande depuramento formal e fortemente auto-reflexiva sobre a arte e o objeto artístico, pauta-se por frequentes referências às temáticas e à estética do romantismo alemão, interesse que tem explorado ainda através do exercício de tradução de Novalis, um dos seus autores favoritos, e que frequentemente interpela os seus trabalhos. Expôs individualmente em importantes instituições e eventos, como Museu de Serralves, Bienal de São Paulo, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Colecção Berardo, S.M.A.K, Folkwang Museum, Nikolaj Copenhagen Contemporary Art Center, Fondazione Volume!, Fundação Eva Klabin ou Hara Museum.
PEDRO MEXIA
Pedro Mexia nasceu em Lisboa, em 1972. Licenciou-se em Direito pela Universidade Católica. Escreveu crítica literária e crónicas para os jornais Diário de Notícias e Público, sendo atualmente colaborador do semanário Expresso. É um dos membros do Governo Sombra (TSF / TVI24). Foi subdiretor e diretor interino da Cinemateca Portuguesa. Publicou seis livros de poesia, antologiados em Menos por Menos (2011), a que se seguiu Uma Vez Que Tudo se Perdeu (2015) e a seleção pessoal de Poemas Escolhidos (2018). Editou os volumes de diários Fora do Mundo (2004), Prova de Vida (2007), Estado Civil (2009), Lei Seca (2014) e Malparado (2017), e as coletâneas de crónicas Primeira Pessoa (2006), Nada de Melancolia (2008), As Vidas dos Outros (2010), O Mundo dos Vivos (2012), Cinemateca (2013), Biblioteca (2015) e Lá Fora (2018, Grande Prémio de Crónica APE). No Brasil, saíram Queria mais é que chovesse (crónicas, 2015) e Contratempo (poesia, 2016). Organizou um volume de ensaios de Agustina Bessa-Luís, Contemplação Carinhosa da Angústia; a antologia Verbo: Deus como Interrogação na Poesia Portuguesa [com José Tolentino Mendonça]; O Homem Fatal, crónicas escolhidas de Nelson Rodrigues; e Nada Tem já Encanto, antologia poética de Rui Knopfli. Traduziu Robert Bresson, Tom Stoppard, Hugo Williams e Martin Crimp. Coordena a coleção de poesia da Tinta-da-china. Em 2015 e 2016 integrou o júri do Prémio Camões.
ROSA MARIA MARTELO
Nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1957. É professora associada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde se doutorou em Literatura Portuguesa, em 1996, e membro do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, Unidade I & D da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Como domínios de investigação tem privilegiado a Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea, as Poéticas do Século XX e a Literatura Comparada. Além de ensaios incluídos em revistas ou obras coletivas, publicou "Estrutura e Transposição: Invenção poética e reflexão metapoética na obra de João Cabral de Melo Neto" (1990) e "Carlos de Oliveira e a Referência em Poesia" (1998).