Conhece alguns dos artistas que passaram pela Escola das Artes em 2019/2020:
BEN RUSSELL
(EUA, 1976)
Ben Russell é um artista e cineasta cujo trabalho está na interseção entre etnografia e psicadélia.Os seus filmes e instalações estão em diálogo direto com a história da imagem documental, fornecendo uma investigação temporal sobre fenómenos do transe e evocando a pesquisa de Jean Rouch, Maya Deren e Michael Snow, entre outros. Russell recebeu uma Guggenheim Fellowship em 2008, um Prémio Internacional de Críticos da FIPRESCI (IFFR 2009) pela sua primeira longa-metragem Let Each One Go Where He May, e mostrou o seu trabalho na documenta 14. A sua segunda longa-metragem, A Spell to Ward Off the Darkness (corealizado com Ben Rivers), estreou no Festival de Cinema de Locarno em 2013. Projetos curatoriais incluem Lanterna Mágica (Providence, EUA, 2005-2007), BEN RUSSELL (Chicago,EUA, 2009-2011) e Alucinações (Atenas, Grécia, 2017). Atualmente reside em Los Angeles.
CLÁUDIA VAREJÃO
Cláudia Varejão nasceu no Porto, Portugal, e estudou cinema no Programa de Criatividade e Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com a German Film und Fernsehakademie Berlin, na Academia Internacional de Cinema de São Paulo Brasil e fotografia na AR.CO, em Lisboa. É autora da curta documental Falta-me/Wanting e da triologia de curtas de ficção Fim-de-semana / Weekend, Um dia Frio / Cold Day e Luz da Manhã / Morning Light. No Escuro do Cinema Descalço os Sapatos é a sua estreia em longas metragens. Ama-San 海女さん é o seu mais recente filme. Para além do seu trabalho como realizadora desenvolve um percurso na fotografia.
DIOGO EVANGELISTA
ED HOOKS
Ed Hooks é um pioneiro na Formação de Atores através de uma metodologia adaptada especificamente para animadores, em vez de atores de teatro ou cinema. Residindo atualmente em Lisboa, foi durante quase 30 anos ator profissional, tendo realizado os seus estudos em Nova Iorque e trabalhado como ator em diversos modelos. Antes de começar a ensinar animadores, em 1996, as suas aulas de formação profissional de atores foram respeitadas por toda a indústria, e Ed Hooks tinha estúdios em Los Angeles e San Francisco. Em 2001, a primeira edição de “Acting for animators” foi publicada e imediatamente adotada por animadores em todo o mundo, estando este livro agora disponível na sua 4ª edição (Routledge, Londres). Ed Hooks trabalhou para a maioria dos grandes estúdios de animação e empresas de videojogos, incluindo Disney Animation, Sony, Valve Software, Ubisoft, Electronic Arts, CD Projekt Red, Guerrilla Games e a Blizzard. É frequentemente convidado como orador principal em diversos eventos de animação, onde se destacam a SIGGRAPH, GDC e FMX em Stuttgart, Alemanha, Lecionou igualmente em importantes escolas de animação, incluindo o Instituto de Animação na Filmakademie Baden-Wurtemburg; Workshop de Animação em Viborg, na Dinamarca; e o Ringling College of Art, na Flórida. O seu livro mais recente "Craft Notes for Animators: A Perspective on a 21st Century Career " foi igualmente publicado pela Routledge.
FILIPA CÉSAR
(Porto, 1975)
GABRIEL ABRANTES
(EUA,1984)
Gabriel Abrantes nasceu em Chapel Hill, Carolina do Norte, EUA, em 1984 e vive e trabalha em Nova Iorque e Lisboa. Tem apresentado o seu trabalho regularmente em museus, como a Tate Britain (Londres), Palais de Tokyo (Paris), MIT List Visual Arts Center (Boston), Museu de Serralves (Porto), ou Kunst-Werke (Berlim), e participado em diversas exposições individuais e colectivas, de entre as quais se destacam: ICA (Londres), Lincoln Centre (Nova Iorque), Caixa Forum (Madrid), CAM -Gulbenkian (Lisboa), entre vários outros. Foi o vencedor da 8ª edição dos Prémios EDP (2009), recebeu o Leopardo de Ouro do Festival de Cinema de Locarno em 2010, e o prémio EFA no Festival de Cinema de Berlim em 2014 e em 2016. Foi artista convidado da 32ª Bienal de São Paulo (2016) e da Bienal de Imagem em Movimento -Centre d’art Contemporain de Geneva (Suíça).
JOÃO CANIJO
(Porto, 1957)
João Canijo é conhecido por filmes como "Sangue do Meu Sangue"(2011), que foi o filme português seleccionado para concorrer ao Óscar de Melhor Filme, ou "Fátima"(2017), que passou na RTP1 em 5 episódios.
Frequentou o curso de História da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e, no início dos anos 80, descobriu a sua paixão pelo cinema tendo começado a trabalhar como assistente de realização em filmes como Der Stand der Dinge (O Estado das Coisas, 1982), de Wim Wenders; Fim de Estação (1982), de Jaime Silva; e O Desejado (1987), de Paulo Rocha, entre outros.
Em 1983, estreou-se como realizador com a curta-metragem A Meio-Amor. Cinco anos depois, realizou a sua primeira longa-metragem intitulada Três Menos Eu, cujo argumento foi também da sua responsabilidade, onde atuavam Rita Blanco e Isabel de Castro. Trabalhou depois para televisão, realizando a série Alentejo Sem Lei para a RTP.
Voltou a trabalhar com Rita Blanco no seu filme seguinte, o thriller Filha da Mãe (1991), com argumento escrito a meias com Olivier Assayas. Seguiu-se no cinema o thriller Sapatos Pretos (1998), uma coprodução com a França com Ana Bustorff e Vítor Norte nos principais papéis, que conta a história baseada num caso verídico de uma mulher de Sines que contratou um assassino para matar o marido. O filme obteve bastante aclamação da crítica. Em 2001, realizou Ganhar a Vida, um drama trágico protagonizado por Rita Blanco.
Em 2004, entre onze filmes candidatos, o seu filme Noite Escura foi escolhido pelo Instituto de Cinema, Audiovisual e Multimédia como o candidato português às nomeações para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.
JOÃO SALAVIZA
(Lisboa, 1984)
PEDRO TUDELA
(Viseu, 1962)
Concluiu o Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) em 1987. Professor Auxiliar da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Enquanto aluno da ESBAP, foi cofundador do Grupo Missionário: organizou exposições nacionais e internacionais de pintura, arte postal e performance. Participa em vários festivais de performance desde 1982. Foi autor e apresentador dos programas de rádio escolhe um dedo e atmosfera reduzida na xfm, entre 1995 e 1996. Em 1992, por ocasião da exposição “Mute ... life”, funda o coletivo multimédia Mute Life dept. [MLd]. Enveredou pela produção sonora em 1992, participando em concertos, performances e edições discográficas, em Portugal e no estrangeiro. Cofundador e um dos elementos do projeto multidisciplinar e de música digital @c. Membro fundador da media label Crónica. Trabalha em cenografia desde 2003. Expõe individualmente com regularidade desde 1981. Participa em inúmeras exposições coletivas em Portugal e no estrangeiro desde o início da década de 80. Encontra-se representado em museus, coleções públicas e particulares. Vive e trabalha no Porto.
VASCO ARAÚJO
(Lisboa, 1975)
YOHEI YAMAKADO
(Kobe, 1987)
Yohei Yamakado vive em França onde trabalha com obras sonoras e visuais e candidatou-se com um projeto de cinema. Desde 2017 frequenta o Le Fresnoy – Studio National des arts contemporains, onde realizou os filmes La lyre à jamais illustra le taudis (2018) e Amor Omnia (2019). Fundador da editora RÉCIT em 2012, Yamakado é também músico e os seus filmes exploram a importante relação som e imagem.
Já apresentou o seu trabalho em espaços como LʼOnde (2018), Nuit Blanche Kyoto (2015, 2016, 2017), Towada Art Center (2016), Institut Goethe-Paris (2014) ou IRCAM (2014).
Estará na Escola das Artes de setembro a dezembro de 2019, no âmbito de uma residência artística em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian.