Artistas Visitantes 2020/2021 na Escola das Artes

Friday, July 3, 2020 - 13:38
 
Artistas Visitantes 2020/2021 na Escola das Artes
 
Todos os anos a Escola das Artes convida um conjunto de artistas a desenvolver projetos e a trabalhar com os alunos dos vários cursos. Neste momento, estão já confirmados alguns dos artistas que irão passar pela EA durante o ano letivo de 2020-21: Ben Russell, Filipa César, Igor Jesus, Matias Piñeiro e Pedro Tudela, Sandro Aguilar. Conhece-os aqui. 
 
Ben Russell (Massachusetts, 1976) é um artista, curador e cineasta cujo trabalho está na interseção entre etnografia e psicadelismo. 
Os seus filmes e instalações surgem de um diálogo permanente com a história e semiótica da imagem documental, num reexame dos códigos e do potencial imersivo e mimético do aparato cinematográfico, que enquadra uma pesquisa de largo espectro temporal e geográfico em torno da prática ritual e dos estados alterados da consciência, e que evoca os trabalhos de autores como Jean Rouch, Maya Deren ou Michael Snow.
Russell recebeu uma Guggenheim Fellowship em 2008 e um Prémio Internacional de Críticos da FIPRESCI pela sua primeira longa-metragem Let Each One Go Where He May, tendo também mostrado o seu trabalho na documenta 14.
 
Filipa César (Porto, 1975) é uma artista e realizadora residente em Berlim, interessada nos aspectos ficcionais do documentário, nos limites confusos entre o cinema e sua recepção e nas políticas e poéticas inerentes à imagem em movimento. O seu trabalho inclui instalações artísticas que têm sido exibidas um pouco por todo o mundo, como "F for Fake", "Rapport", "Le Passeur", "The Four Chambered Heart" ou "Menogram". A sua filmografia inclui filmes como “Mined Soil”, “Spell Reel” ou “Sunstone”. Desde 2011, Filipa César tem investigado as origens do cinema militante na Guiné-Bissau e seu imaginário, como parte do projeto coletivo Luta ca caba inda (a luta ainda não acabou).
 
Igor Jesus (1989) vive e trabalha em Lisboa. É licenciado em Escultura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. A sua prática é diversa, partindo da sua formação escultórica para um percurso onde faz uso indistinto da pintura, vídeo, fotografia, escultura ou instalação. 
Recentemente, realizou as exposições individuais Chessari na Solar Galeria de Arte Cinemática; A última carta ao Pai Natal na Galeria Filomena Soares e Debaixo do Sol na Appleton Square, Lisboa.  Participou em diversas exposições colectivas em 2016 nomeadamente: Karin Sander, Igor Jesus and Igor Bosnjak, Artist’ Film International, Whitechapel Gallery, Londres, UK; Artist’ Film International, MAAT – Museu Arte, Arquitectura, Tecnologia, Lisboa; Abaixo as Fronteiras! Vivam o Design e as Artes!, MUDE, Sala do Risco/Pátio da Galé, Lisboa; Topología del Aura, Galería Bacelos, Madrid, Espanha. 
 
Matías Piñeiro (Buenos Aires, 1982) é um dos nomes mais importantes nomes da nova geração de realizadores sul-americanos. Piñeiro tem afirmado uma voz distinta, com filmes inventivos que se baseiam livremente em textos dramáticos clássicos para explorar o poder do desejo e da linguagem e a brutalidade da solidão, em narrativas fragmentadas que sondam o potencial do cinema para contar histórias complexas e com personagens múltiplos.
 
Pedro Tudela (Viseu, 1962) concluiu o Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1987. É professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Foi cofundador do Grupo Missionário: organizou exposições nacionais e internacionais de pintura, arte postal e performance. Participa em vários festivais de performance desde 1982. Foi autor e apresentador dos programas de rádio escolhe um dedo e atmosfera reduzida na xfm, entre 1995 e 1996. Em 1992, por ocasião da exposição “Mute ... life”, funda o coletivo multimédia Mute Life dept. [MLd]. Enveredou pela produção sonora em 1992, participando em concertos, performances e edições discográficas, em Portugal e no estrangeiro. Cofundador e um dos elementos do projeto multidisciplinar e de música digital @c. Membro fundador da media label Crónica. Trabalha em cenografia desde 2003. Expõe individualmente com regularidade desde 1981. Participa em inúmeras exposições coletivas em Portugal e no estrangeiro desde o início da década de 80. Encontra-se representado em museus, coleções públicas e particulares.
 
Sandro Aguilar (1974) iniciou uma carreira de cineasta, montador e produtor, depois de concluir o curso de cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema, em 1997. Fundou, em 1998, a produtora O Som e a Fúria, que se tornaria, nas décadas seguintes, numa das mais importantes casas de produção portuguesas.
Como realizador, Aguilar é autor de cerca de duas dezenas de curtas-metragens, tendo todas elas circulado pelos principais festivais de cinema, e duas longas, uma das quais, Mariphasa, teve estreia no Festival de Berlim, em 2018. A sua obra já foi alvo de retrospectivas no BAFICI e no Festival de Roterdão.
 

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