Artigo de opinião de Maria Aguiar, professora auxiliar da Escola da Artes da Univerisdade Católica, no âmbito do Dia Internacional do Conservador-Restaurador, celebrado a 27 de janeiro de 2025.
Antes de decifrar o código 91.30 cabe esclarecer o equívoco do Dia Internacional do Conservador-Restaurador celebrado a 27 de janeiro. A celebração foi definida no XVIII Congresso International de Conservación y Restauración de Bienes Culturales, organizado pela Universidade de Granada em 2011. O ato não envolveu entidades representativas que legitimassem a sua criação e lhe concedessem a almejada aura internacional. A data remete para o nascimento de Viollet-Le-Duc (arquiteto responsável pela recuperação de Notre-Dame em 1843-1864), mas a figura não é consensual no contexto da conservação atual e faltou auscultação alargada. A comemoração circunscreve-se a Espanha, Portugal e ao espaço ibero-americano, carecendo da universalização que uma génese bem alicerçada lhe garantiria. Em contraponto e, apesar de só ter alcance europeu, a Confederação Europeia de Associações de Conservadores-Restauradores (E.C.C.O.) criou os Dias Europeus da Conservação e Restauro que gozam do reconhecimento de organismos, associações profissionais, museus e universidades ligadas à conservação e restauro e ao património. As comemorações ocorrem no mês de outubro e, desde 2018, que se assiste ao alargamento de iniciativas na Europa.
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