Mestrado em Fotografia
Nasceu na cidade do Porto a 6 de dezembro de 1999. Atualmente reside e trabalha entre Louriceira e Lisboa. Desde cedo se interessa pelas Artes Visuais, iniciando o seu trajeto em Artes na Escola Secundária Maria Lamas, em Torres Novas, e mais tarde no Ano 0 da Faculdade de Belas-Artes UL, no Curso de Arte e Multimedia. Atraído pela reflexão de questões sociais e com a ambição de se instruir acerca da fotografia como instrumento de investigação visual, licencia-se em Fotografia e Cultura Visual no Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE-EU). Recentemente pela sua vontade de continuar a explorar a imagem num paradigma e registo díspar do que havia assimilado, ingressa no Mestrado de Fotografia na Universidade Católica do Porto.
Projeto final
DA PEDRA AO OSSO
Instalação
A combinação entre os impulsos políticos em mudança e o agravamento envolvente germinam na renúncia do olhar. Esta tem impacto sobre diversas “classes”, como individualidades, comunidades, e a relação do cidadão para com o meio envolvente.
Com impulso da observação, e o mundo prosseguindo numa constante mudança, forçamo-nos a reorientar várias questões. A maioria de nós tende a rejeitar a fotografia direta dos lugares que habitamos e, contudo, não recusamos que se desformem, e não deixam de ser um paradoxo digno de contemplação. Pode ser que a transformação desses lugares nos tenham parecido toleráveis até os vermos representados numa fotografia. Decidi trabalhar a questão do território e a minha relação com o lugar. Mais concretamente sobre a minha aldeia, Louriceira. Esta vontade nasce muito pela inquietação de ver desaparecer o lugar onde cresci e a incapacidade de combater as circunstâncias sem mudar forçosamente a sua natureza, vindo-se a tornar numa aldeia em vias de extinção. Numa compreensão
ontológica do lugar, na qual se estabelece a relação pessoa-lugar, lugar-pessoa, alimentase a reflexão sobre a existência e morte dos espaços, lugares e territórios, (topocídio) que diante da mortalidade, do utópico da terra e da morte se cria uma relação entre o objeto e o eu, a natureza e o efémero, ilustrando a angústia.