EPoCH 2025. Emerging Perspectives on Conservation and Heritage
Comunicação e participação
27 a 29 de Março 2025
Chamada para resumos: 17 Janeiro – 12 Fevereiro
Comunicação aos autores: 21 Fevereiro
Oradores convidados
- Dean Sully (University College London's Institute of Archaeology)
- Eric Gable (University of Mary Washington)
O EPoCH é uma conferência científica anual, organizada pela área-foco de Património e Conservação e Restauro do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR) da Universidade Católica Portuguesa, concebida para ser um fórum de discussão de direções futuras na investigação em património e conservação e restauro, acolhendo conversas colaborativas impulsionadas por perspectivas emergentes e pela exploração de um conjunto diversificado de práticas, teorias e abordagens.
A conferência deste ano tem como tema central: comunicação e participação. Estas são as duas ideias chave que se propõem como mote para o EPoCH2025, tendo como base as áreas da Conservação e restauro e do Património.
No trinómio produção – conservação – fruição de bens culturais, são muitas as comunidades chamadas a contribuir, numa articulação nem sempre fácil: quem cria, vive ou convive com o património, quem o investiga, quem o conserva e tutela e/ou quem apenas esporadicamente o visita têm interesses, preocupações e linguagens muito diversas, tornando a comunicação e a participação incontornáveis para a sustentabilidade das tomadas de decisão.
A comunicação e a participação em processos patrimoniais são, por isso, conceitos e práticas que urge debater e (re)pensar, sobretudo à luz dos actuais desafios que a conservação de bens culturais enfrenta, destacando-se o constante alargamento do que é considerado um bem cultural (dark heritage, património vivo); a crescente pressão turística sobre o património e sua articulação com outros usos e vivências; o decolonialismo e a restituição de bens culturais; a utilização de bens culturais em ações de protesto; e a conservação de patrimónios difíceis, contestados, ou dissonantes. Neste âmbito, salienta-se ainda a conservação e restauro enquanto disciplina e profissão que tem ainda um longo caminho a percorrer, quer na integração destas preocupações na sua prática, quer no reconhecimento social do seu papel nestes processos.
Que usos, benefícios ou limitações têm a conservação e o património retirado da sua capacidade de comunicar? Que estratégias de comunicação tem seguido? Quais os meios ao seu dispor? Como envolver as comunidades nas várias etapas da valorização do património? Como garantir a sustentabilidade das tomadas de decisão? Que (boas) práticas têm sido ensaiadas? Estas são algumas das questões que se pretendem ver debatidas no encontro, organizadas nos seguintes tópicos:
- Estratégias de comunicação: do património; da conservação e restauro; da investigação;
- Estratégias de participação e envolvimento das comunidades: em tomadas de decisão bottom-up; na sensibilização e fomento de sentido crítico em processos patrimoniais; na proteção e dinamização dos seus bens culturais;
- Conflitos e convergências, desafios e oportunidades em processos de decisão; de estudo e valorização patrimonial; de restituições de bens culturais; de patrimónios difíceis ou dissonantes;
- Boas práticas e estudos de caso nas articulações entre as comunidades académicas, de tutela, de uso, de (re)criação ou fruição, de conservação e restauro.