A Galeria Vera Cortês inaugura hoje, dia 23 de janeiro, a exposição Cinzento/Grey/Gris de Ignasi Aballí.
A abertura da exposição realiza-se às 20:00, em Lisboa, e tem entrada livre.
Ignasi Aballí transforma objetos, linguagem e media do quotidiano em reflexões sobre percepção e representação.
Com uma abordagem minimalista, o seu trabalho aborda frequentemente temas de ausência, desaparecimento e a frágil relação entre imagens e texto.
Usando intervenções subtis – como jornais reaproveitados e gestos delicados – o artista desafia como consumimos, perdemos e reconstruímos tanto as imagens quanto as suas informações.
Na sua primeira exposição na galeria, Ignasi reúne séries cruciais e novos trabalhos que dão continuidade à investigação do artista sobre os limites da pintura como gesto e representação.
A partir deste mês, a Galeria Vera Cortês em colaboração com a Escola das Artes promove o ciclo de conversas In-Person, que junta artistas, curadores, colecionadores e investigadores para falar sobre arte. Partindo do programa de exposições da galeria, as conversas são uma oportunidade de conhecer e discutir a complexidade das práticas artísticas, as suas dinâmicas e o lugar que ocupam no sistema da arte, do mercado, das instituições, da cultura e da política.
A primeira conversa realiza-se no último sábado do mês de janeiro, dia 25, às 16:30, entre o artista Ignasi Aballí e o arquitecto e colecionador Vasa Perovic, com moderação de Nuno Crespo.
sobre os oradores:
Vasa J. Perović nasceu em Belgrado (Sérvia) em 1965 e formou-se na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Belgrado em 1992. Em 1994 obteve o título de mestre no Instituto Berlage em Amsterdã e em 1997 fundou a Bevk Perović Arhitekti em parceria com Matija Bevk. O seu portfólio inclui uma variedade de projetos em diferentes escalas – grandes projetos habitacionais, tanto sociais como comerciais, edifícios públicos e culturais, edifícios universitários, museus, edifícios de escritórios, instalações para congressos, bem como casas individuais. A Bevk Perović recebeu vários prémios internacionais, como o Prémio da União Europeia para Arquitectura Contemporânea – Prémio Mies van der Rohe em 2007 (para a Faculdade de Matemática da Universidade de Ljubljana), Kunstpreis Berlin em 2006, Prémio Piranesi em 2005, bem como prémios nacionais – 4 Prémios Plečnik para o melhor edifício do ano na Eslovénia, prémios Golden Pencil da Câmara dos Arquitectos, bem como o Prémio Prešeren, o mais elevado prémio nacional de cultura, atribuído pelo Presidente da República da Eslovénia em 2005. O trabalho do gabinete foi amplamente publicado nas mais importantes publicações internacionais. Recentemente, a edição monográfica de El Croquis sobre o seu trabalho intitulado ‘Condicionalismo’ foi publicada em Madrid, Espanha. Foram organizadas diversas exposições individuais dos seus mais recentes trabalhos organizadas no Kunstverein Bielefeld, Alemanha, no Museu de Artes Aplicadas, Belgrado, Sérvia e na Galeria Fragner, Praga, República Theca.
Nuno Crespo é curador, crítico de arte, investigador e diretor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, é licenciado e doutorado em filosofia pela Faculdade de Ciência Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. As suas atividades de investigação têm sido dedicadas ao cruzamento entre arte, arquitetura e filosofia e às possibilidades de exercício do pensamento crítico. Tem dedicado artigos a autores como Adolf Loos, Aldo Rossi, Kant, Peter Zumthor, Wittgenstein e Walter Benjamin. Das suas publicações podem destacar-se trabalhos sobre Adriana Molder, Aires Mateus, Axel Hütte, Bernd e Hilla Becher, Candida Höfer, Daniel Blaufuks, Fassbinder, Gerhard Richter, Luisa Cunha, Pedro Costa, Rui Chafes, Vasco Araújo, entre outros, e os livros “Wittgenstein e a Estética” e “Julião Sarmento. Olhar Animal.” Em prolongamento das suas atividades de investigação é crítico de arte e fez a curadoria de diversas exposições.