BÁRBARA WAGNER & BENJAMIN DE BURCA
Trabalhando em parceria há mais de uma década, Bárbara Wagner e Benjamin de Burca vêm produzindo filmes e videoinstalações em diálogo com outros artistas e coletivos ligados ao som e à cena. A dupla desenvolveu um método de pesquisa a partir da investigação e observação documental, construindo a direção, o roteiro, os figurinos e as trilhas sonoras em colaboração com os protagonistas de cada projeto. Essa maneira horizontal de trabalhar é crucial para veicular o conteúdo frequentemente urgente, social e historicamente determinado, da investigação audiovisual da dupla. Mesmo em suas incursões por outras modalidades do fazer artístico, como a gravura, permanecem os tipos sociais e dinâmicas de atrito político como elementos formadores do discurso apresentado ali.
CARLA FILIPE + POST BROTHERS
A obra de Carla Filipe é composta a partir da apropriação de objetos e documentos, ou construída através da relação permeável entre objetos de arte, cultura popular e ativismo. Na sua pesquisa, a artista utiliza materiais e elementos, como bandeiras, cartazes, jornais e artefatos ferroviários. O seu percurso artístico iniciou-se na cidade do Porto em 2001, fazendo parte do fluxo artist run spaces, foi co-fundadora do "Salão Olímpico" e do " Projecto Apêndice" , em 2009 ganha a bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para a residência artística na ACME Studios ( UK ) , desde então tem tido um percurso nacional e internacional mais afirmado, desde a Bienal Manifesta 8 “ Diálogo entre região de Múrcia e Norte de África “ curadoria Tranzit.org, Múrcia / Espanha ( 2010); Prémios EDP - Novos artistas, curadoria João Pinharanda, Nuno Crespo, Delfim Sardo, Lisboa / Portugal (2011); V Bienal de Jafre, Curadoria Carolina Grau e Mário Flecha, Jafre / Espanha (2011); "Deaf / Dumb Archive", curadoria Zbyněk Baladrán, Tranzit.Display, República Checa / Praga (2011) ; "Mon, am i barbarian?", curadoria Fulya Erdemci, 13 th Biernal de Istambul / Turquia (2013); " da cauda à cabeça" curad. Pedro Lapa, Museu Berardo, Lisboa / Portugal (2014); "Air Traces" curated by Alan Quireyns, Antuerpia / Bélgica (2014) ;"12 contemporâneos, Estados Presentes” curadoria Suzanne Cotter e Bruno Marchand, Museu Serralves, Porto / Portugal (2014); Re-Discovery III- curadoria Ulrich Loock, Autocenter , Berlim / Alemanha (2015)," Natural Instincts" curadoria Samuel Leuenberger , Les Urbaines, Lausanne / Suiça (2015); “Le Lynx ne connait mas de frontières" curadoria Joana Neves, Fundação D ́Entreprise Ricard, Paris / França (2015); “Au sud d’aujourd’hui” curadoria Miguel Von Hafe Pérez; Fundação Calouste Gulbenkian, Paris / França ( 2015); Residência Artística (2015) Fundação Robert Rauschenberg, Captiva, Florida / E.U.A.; " Incerteza Viva" curadoria Jochen Volz, 32" Bienal de S.Paulo / Brasil (2016); Incerteza viva : uma exposição a partir da 32o Bienal de S. Paulo, curadoria João Ribas e Jochen Volz, Museu de Serralves, Porto/ Portugal (2017); 4th Ural Industrial Biennial curadoria João Ribas, Ural / Rússia (2017); “ Extática Esfinge- Desenho e Animismo Parte II ” curadoria Nuno Faria, CIAJG, Guimarães / Portugal; “ O ontem morreu hoje, o hoje morre amanhã", curadoria Carla Filipe e Ulrich Loock, Galeria Municipal do Porto, Porto / Portugal ( 2018).
Post Brothers é um empreendimento crítico que inclui Matthew Post, um entusiasta, processador de texto e curador (co)dependente frequentemente envolvido em projetos e colaborações centrados no artista, ou ocupando a informação secundária em torno da produção cultural. De 2016 a 2019, Post Brothers foi o curador do Kunstverein München em Munique, Alemanha. Eles organizaram exposições e apresentaram projetos na Polónia, México, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Portugal, Dinamarca, Grécia, Estónia, Alemanha, Áustria, Lituânia, Itália, Suécia, Finlândia, Bélgica, Letónia, Holanda e China; e publicam regularmente ensaios em revistas de arte, jornais culturais, publicações de artistas e catálogos de exposições. Eles também participam de exposições com contribuições baseadas em texto e performativas e fazem palestras em contextos artísticos e educacionais em toda a Europa. Nascido em Los Angeles, Califórnia, Post Brothers concluiu o seu BFA no Emily Carr Institute of Art and Design em Vancouver (2006); tem um mestrado em Práticas de Curatoriais no California College of Arts em San Francisco (2009). Eles moram em Kolonia Koplany, uma pequena vila perto de Bialystok, no leste da Polónia, e atualmente são professores associados na Royal Danish Academy of Fine Arts em Copenhaga, Dinamarca.
MARIE DE BRUGEROLLE + JAZMÍN LOPEZ
Marie de Brugerolle (n.1967) é historiadora de arte, curadora e autora. O seu conceito Post Performance Future concentra-se na história da arte performática da década de 1960 até ao seu estado atual de desmaterialização e absorção pela Sociedade do Espectáculo. Marie foi fundamental para a redescoberta de Guy de Cointet (1934-1983) e arte conceptual californiana para os espectadores europeus: primeiras retrospetivas de Allen Ruppensberg (1996), John Baldessari (2005), Larry Bell (2010), e, recentemente, Prospective 1: Los Angeles (Coleman Collins, Nathaniel Mellors,Rodney Mc Millian, Anna Wittenberg). Os seus projetos de exposições imaginaram os nossos tempos de ecrãs: RIDEAUX:Blinds , IAC (2015), art as a refuge: HOSPITALITY (2018), a response to temptations of closure: REVERSE UNIVERSE with Than Hussein Clark and Luigi Serafini, CRAC, 2020-21. Organizou eventos como SALON DISCRET (2017), MNAM, comemorando o 40º aniversário do Centro Pompidou em Paris, e C’BARET… (2019) no LAXART, Los Angeles. Para complementar a sua pesquisa sobre performatividade nas artes visuais, Maria está neste momento a trabalhar as suas extensões com o novo projeto Polysphères®, que considera o cruzamento da teoria e da prática numa visão em expansão.
Jazmín López (Buenos Aires, Argentina) é cineasta, artista visual e professora. É graduada pela Universidade del Cine em Buenos Aires e tem também um MFA em Artes Visuais pela NYU e um MFA em Artes Visuais pela Universidad Torcuato di Tella. Participou ainda no programa Whitneyisp. O seu trabalho é representado pela Ruth Benzacar Art Gallery e foi apresentado em museus e galerias como: Fondation Pernod Ricard, San Jose Museum, OCAT, Tabacalera, Kadist, Istambul Bienal e KW. Os seus filmes foram selecionado para o festivais de Veneza, Roterdão, Viennale, New Directors New Films no MoMA e Lincoln Center, Center George Pompidou e KW Institute Berlin, entre muitos outros. Fez parte do júri da 33ª edição do FID Marseille e deu uma masterclass na École Nationale Supérrieure des Beaux-Arts de Lyon. É professora da NYU e é assistente de Boris Groys. Foi também professora da Universidade del Cine, Buenos Aires. O MoMA adquiriu recentemente os seus filmes.
TEATRO PRAGA
O Teatro Praga assume-se como um grupo ou federação de artistas, com brasão e história. Como a cada espetáculo, ou dia, é outra coisa, costuma responder à pergunta sobre quem é com uma reformulação da pergunta. Ainda assim, o Teatro Praga regozija-se com a ordem estabelecida e olha para as variações imprevisíveis a que se sujeita como um modo de alargar o conceito de previsibilidade. O Teatro Praga nasceu em 1995 e está sediado na Rua das Gaivotas em Lisboa. Colabora regularmente com algumas das mais prestigiadas estruturas culturais em Portugal e tem-se apresentado em festivais e teatros de diversos países europeus (Itália, Reino Unido, Espanha, Alemanha, França, Bélgica, Hungria, Eslovénia, Estónia, Dinamarca e Polónia), em Israel e na China.
PINY E CONVIDADES
Um ser. Humano que é animal, que é também terra e ar, que é fogo e água e energia. Que não acredita em fronteiras desenhadas no papel ou em qualquer coisa que separe as pessoas, a água e a terra. Nasceu em Lisboa, com raízes em Portugal e Angola. Piny é performer, coreógrafa, pesquisadora, professora e facilitadora de práticas mistas e misturadas. Feminista intersectional, ativista, corpo de prazer e corpo político. Interesse e estudo lento e longo em Yoga, Astrologia, Tarot e filosofia e religiões não ocidentais.
Em 1999, começou o estudo de danças do Norte de África e suas fusões contemporâneas e, desde 2006, dedica-se em paralelo à cultura Hip Hop e Clubbing, através da dança (Breakdance, House, Waacking, Vogue) e Djing. Em 2006, co-fundou a crew feminina ButterflieSoulFlow (Break e Dj), em 2012 o coletivo Orchidaceae (Fusion Bellydance) e em 2019 o coletivo Vogue PT.Chapter (Ballroom). Com estes coletivos organiza eventos formais e informais, onde se cruzam linguagens e objetivos; festas, battles, jams, conversas, espetáculos e formações dedicadas à cultura urbana e às suas intersecções e cruzamentos. Leciona a nível nacional desde 2008 desde 2014 lecionou em festivais internacionais na Europa, Ásia, América e África.
Licenciada em arquitetura com uma pós-graduação em cenografia, ambas na Faculdade de Arquitetura de Lisboa, terminou também a licenciatura em dança contemporânea uns anos depois. Colabora como performer com diversos artistas em diferentes meios, tendo participado em concertos e videoclips (Sam the Kid, Nem Assassin, Philarmonic Weed, Deolinda, Mundo Complexo, Afrika Bambaataa, Batida, Ikokwe) e peças de dança contemporânea e teatro (Marco da Silva Ferreira, Vitor Hugo Pontes, Raquel Castro, Cristina Planas Leitão, Filipa Francisco, Tânia Carvalho, Tiago Guedes).
Do seu trabalho artístico destaca a deambulação entre meios, o sonho e o prazer. Destaca o trabalho com o seu coletivo Orchidaceae e as suas últimas peças “HIP. a pussy point of view”, “Periférico” (em colaboração com Vhils), “Entre o sonho e a realidade onde me sento” e “.G RITO”.
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TIM BERNARDES
Nome que chama a atenção desde a sua estreia com o grupo O Terno, Tim Bernardes consolidou-se como um dos principais compositores do Brasil ao lançar o seu primeiro disco a solo, Recomeçar (2017), indicado ao Grammy Latino. O músico, que transita com frequência e naturalidade entre o indie e a MPB, colabora e escreve canções para figuras como Gal Costa e Maria Bethânia. Além de ter arrancado elogios de Caetano Veloso, o cantor e compositor também chamou atenção fora do Brasil, sendo mencionado e impulsionado por artistas como Devendra Banhart e pelo grupo BadBadNotGood. Participou também nos concertos da digressão americana dos Fleet Floxes. Recentemente lançou o seu segundo álbum a solo, Mil Coisas Invisíveis, disco que Tim Bernardes equipara a um livro e que o revela como um excelente pensador.