Explorations on Sound and New Media Art Conference

Urgencies

Aura Satz

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A prática de Aura abrange o cinema, o som, a performance e a escultura. O seu trabalho explora uma noção de voz distribuída, expandida e partilhada, utilizando o diálogo tanto como método como matéria.

Entre 2022 e 2024, Aura foi distinguida com uma bolsa AHRC para o desenvolvimento de Preemptive Listening, uma longa-metragem documental experimental. A estreia mundial teve lugar no Doc Fortnight do MoMA, a estreia no Reino Unido decorreu na Tate Modern e a estreia europeia no CPH:DOX, em Copenhaga, onde o filme recebeu o prémio NEW:VISION. O seu trabalho tem sido apresentado, exibido e projetado na Tate Britain; Hayward Gallery; InterCommunication Centre (Tóquio); Lentos Museum (Linz); IMMA (Dublin); Bienal de Sidney (Sidney); High Line Art (Nova Iorque); Gertrude Contemporary (Melbourne); De Appel Art Centre (Amesterdão); Walker Arts Center (Minneapolis); Sharjah Art Foundation; Kadist (São Francisco); Onassis Stegi (Atenas), entre outros.

Screening:
Preemptive Listening
A film by Aura Satz
89mins, 2024

Keynote: 
Preemptive Listening: When does the Symptom Become the Alarm?

Abstract:
In this keynote presentation, Aura Satz will discuss the themes of the film Preemptive Listening and how they have evolved in relation to current global circumstances.

 

Steve Goodman

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Steve Goodman (também conhecido como Kode9) é músico, escritor e artista. É autor do livro Sonic Warfare: sound, affect and the ecology of fear (MIT Press, 2009) e co-editor dos livros Unsound: Undead (Urbanomic, 2019), Ø (Flatlines Press, 2021) e Sonic Faction: audio essay as method and medium (Urbanomic Press, 2024). Fundou as editoras discográficas Hyperdub e Flatlines, é produtor de cinco álbuns, inúmeros EPs, remisturas e compilações de DJ sets. Criou instalações sonoras para a Hyundai Commission na Tate Modern (2018) e para a exposição More than Human (2019), sobre inteligência artificial, no Barbican, em Londres, entre outras.

Keynote:
Sonic Warfare

Abstract:
Tons, drones, estrondos, explosões e engodos — esta apresentação irá atualizar o livro de 2009 Sonic Warfare: sound, affect and the ecology of fear (MIT Press) e discutir o uso do som em contextos de conflito, a atmosfera de medo que ele produz, os problemas de temporalidade, ontologia, epistemologia e política que levanta, bem como as formas como ressoa nas redes planetárias da nossa atual policrise contemporânea.

 

Abbas Zahedi

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Abbas Zahedi (n. 1984, Londres, Reino Unido) é um artista que trabalha nas intersecções entre formas sonoras e escultóricas, explorando sistemas de cuidado, limiares da experiência e as arquiteturas sociais do nosso tempo. A sua prática tem sido descrita como uma forma de realismo dissociativo — movendo-se entre a intimidade e o afastamento, atento a formas de significado que se situam para além do puramente material.

Antigo médico, com formação em psiquiatria, Zahedi é mestre em Fotografia Contemporânea e Filosofia pela Central Saint Martins. Entre os prémios mais recentes contam-se a Stanley Picker Fellowship (2024), Artangel: Making Time (2023), Frieze Artist Award (2022), Paul Hamlyn Foundation Award (2021) e a Khadijah Saye Memorial Scholarship (2017). É também professor associado no Royal College of Art, em Londres, e lecionou amplamente no Reino Unido e a nível internacional.


Conferência / Artist Talk
Attunement as Exit: Listening Beyond Immersion in the Ecologies of Grief

Abstract
Abbas Zahedi (n. 1984, Londres) é um artista britânico–iraniano cuja obra abrange som, escultura, performance e processos sociais. A sua prática reconfigura galerias em espaços de sintonia coletiva, onde o luto não é tratado como uma emoção privada, mas como um processo relacional. Em Begin Again, na Tate Modern, Zahedi integrou ressonadores sísmicos nos tubos da antiga central elétrica e organizou encontros mensais de grupos de apoio, transformando a arquitetura industrial da instituição numa ecologia de luto e reparação para o luto ecológico.

Zahedi descreveu esta abordagem como uma forma de “apropriação” dos espaços expositivos para o luto — um limiar onde o público pode testemunhar e ser testemunhado em condições de perda. Esta perspetiva dialoga com a leitura de Irit Rogoff sobre o seu trabalho, que defende que o luto deve ser considerado como uma relação social, e com a filosofia de Peter Sloterdijk sobre atmosferas e esferas: as condições invisíveis em que a vida e as relações se desenrolam. Responde ainda a críticas à imersão na arte sonora, propondo antes uma condição acústica de imanência — que privilegia a rutura, a ressonância e a diferenciação em vez do encerramento.

Uma influência determinante foi a própria experiência de Zahedi com um diagnóstico psiquiátrico de luto complexo, durante o qual trabalhou com a psiquiatra e analista Rachel Gibbons, enquanto esta desenvolvia o seu artigo seminal que argumenta que muitas formas de doença mental têm origem em processos de luto interrompidos ou não elaborados — um entendimento que continua a moldar a sua prática. Atualmente, o seu trabalho encena a galeria como um recipiente acústico, onde as infraestruturas se tornam limiares ressonantes para testemunhar e metabolizar coletivamente a perda.

Este percurso sustenta o seu projeto de doutoramento Acoustic Agency, que desenvolve um enquadramento para epistemologias sonoras e atmosferas em instituições artísticas e contextos de saúde, tratando as práticas sonoras contemporâneas não apenas como material estético, mas também como um modo de serviço público e de cuidado social.

Agenda

Out

23
III Congresso – O Porto Romântico
Congresso

Auditório Dr. António Pedro Pinto de Mesquita

Rua da Bolsa, 80
Porto4050-295
Portugal
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Nov

05
Explorations on Sound and New Media Art Conference – Urgencies
Conferência

Auditório Ilídio Pinho, EA

Portugal
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