A unidade curricular de Projeto I tem por objetivo principal a produção de um projeto artístico sedimentado na linguagem fotográfica, e neste contexto desenvolver correspondências essenciais entre a teoria e a prática. Existe, portanto, uma convergência da produção artística com um modus operandi exploratório e crítico na qual os/as discentes serão encorajados/as a questionar e validar o seu corpo de trabalho pessoal ao participar no vasto espectro de criações na Fotografia Contemporânea. A concretização de um projeto artístico implicará componentes de investigação, exploração, planeamento e produção. Sendo respeitadas as tipologias e idiossincrasias de cada projeto e da relação que cada discente estabelece com o mesmo, a unidade curricular acuará sobre um modelo genericamente aplicável sustentado nas seguintes experiências:
- O exercício de metodologias de investigação artística, entendido enquanto um processo de trabalho que advém de procedimentos ajustados a qualidades discursivas da matéria e da forma, e necessariamente materializado em apresentações e documentos escritos;
- A fomentação constante de um sentido de análise crítico que permita regular as dinâmicas estabelecidas entre o discurso investigativo e as soluções formais encontradas, assim como avaliar e mapear o posicionamento da sua prática no contexto alargado da produção artística, cultural e audiovisual contemporânea;
- A implementação de metodologias de prática artística e de processos de construção fotográfica que permita aferir de forma antecipada a possibilidade material e técnica da proposta de projeto, exigindo o seu planeamento;
- O domínio processual e técnico na produção relevando o “saber fazer” como condição exploratória na prática artística e em plena articulação com a UC de Fundamentos Técnicos de Fotografia (FTF);
- A capacidade de descrever e transmitir a terceiros as intenções e necessidades preponderando isso em contextos de apresentação pública. Nesse sentido, sublinha-‐se ainda que a aquisição dessa faculdade de comunicação configura não só um protocolo de acesso ao Outro, mas também um ato reflexivo sobre a viabilidade, solidez e pertinência do projeto;
- Por fim, a corporalização da proposta de projeto numa série fotográfica com número mínimo de 10 partes, suscetível de ser alterado conforme o carácter do projeto.