Os filmes dos alumni Francisca Dores, Francisco Noronha e Leonor Faria Henriques, realizados no contexto do Mestrado em Cinema e Mestrado em Som e Imagem - Animação, respetivamente, foram selecionados para o Festival Internacional de Cinema FEST – New Directors New Films Festivals.
Cura, de Francisca Dores, será exibido na secção Competição Nacional – Grande Prémio Nacional, dedicada a produções portuguesas. A minha casa tem muitas janelas, de Leonor Faria Henriques, faz parte da secção Competição FESTinha, na categoria Sub 10, dedicada ao público infantojuvenil. A Rapariga Projectada, de Francisco Noronha, está integrada na Competição Académica NEXXT, dedicada a realizadores emergentes.
A curta-metragem experimental de Francisca Dores, rodada em película de 16mm, explora a materialidade e a suspensão das imagens de um fragmento de uma escultura em resina onde estão conservados, desde 1997, pequenos ramos de eucalipto. Estas imagens relacionam-se com a tumultuária “Cura”, uma música composta por frequências perfurantes e batimentos em conflito, que encontram a sua harmonia no campo da psicoacústica. Este projeto foi realizado no contexto de uma oficina de realização em película de 16 mm do Mestrado em Cinema, organizada pela produtora Rua Escura e a Escola das Artes, com a tutoria de André Gil Mata e Frederico Lobo.
O filme de animação de Leonor Faria Henriques tem como ponto de partida a sensação de solidão e a exploração de estratégias para transmitir a um público mais jovem, em particular crianças entre os 6 e os 11 anos, este tipo de sentimento e como lidar com ele. Estabelecendo uma relação com a situação pandémica e o seu impacto na vida das crianças que se viram confinadas e isoladas durante este período. O projeto foi realizado no contexto do Mestrado em Som e Imagem, especialização em Animação, e orientado pela professora Sahra Kunz.
A curta-metragem de Francisco Noronha acompanha o conflito interno de Teresa perante os seus relacionamentos amorosos. O projeto foi orientado pelo professor Diogo Costa Amarante e pelo realizador Marco Martins, e realizado também no contexto do Mestrado em Cinema da Escola das Artes.
Mais informação na página do festival.
Cura
Documentário experimental, 4 minutos.
Sinopse
No microcosmos de um fragmento de uma escultura em resina, observamos folhas de eucalipto fossilizadas. A natureza morta, suspensa, onde julgamos ver espectros de uma imagem-mundo, é desmistificada ao som da tumultuária Cura
A minha casa tem muitas janelas
Animação, 5 minutos
Sinopse
A Minha Casa tem Muitas Janelas é uma série que segue as aventuras da pequena Lulu pelo seu prédio infinito. A cada episódio, a Lulu vai ser desafiada pelo seu pai, o porteiro do prédio, a ajudá-lo com alguma tarefa. Ao fazer as suas tarefas, a Lulu vai conhecer um novo vizinho e aprender como é que este vive a sua solidão.
A Rapariga Projectada
Ficção, 28 minutos.
Sinopse
Teresa leva uma vida amorosa plena até ao dia em que, ao utilizar uma aplicação que permite aos surfistas observarem o estado do mar em tempo real, se apercebe de que algo de estranho se passa na praia. Intrigada com o que vê nas imagens, Teresa confronta-se com uma decisão há demasiado tempo em suspenso, simultaneamente se apercebendo de como talvez não aceite nos outros aquilo que professa para si mesma... "É mais difícil sermos fiéis à nossa própria natureza... do que a combatermos".