Com uma enorme paixão por História e Arte, Marta Mendonça “sabia que algo nas Artes” a chamava, mas não tinha a certeza do quê. Hoje, aos 20 anos, conta-nos que foi na Conservação e Restauro que encontrou a resposta.
“Comecei a pesquisar sobre a área, vi e revi inúmeros vídeos de intervenções, quase compulsivamente,” confessa a finalista da licenciatura em Arte, Conservação e Restauro da Católica, no Porto. Foi assim que descobriu “um mundo especial, perfeito, e do qual queria fazer parte.”
Para a futura conservadora-restauradora, “a Arte, em todas as suas formas, foi, e é, um registo da evolução do Homem”. Acredita que “cabe aos profissionais preservar essa identidade coletiva e zelar pela longevidade de determinados objetos, que são marcas de certas culturas e cronologias.”
Decidida a fazer parte deste mundo e dedicada a esta missão, Marta escolheu o curso de Conservação e Restauro na Universidade Católica devido ao equilíbrio teórico-prático e porque “pareceu ser a melhor opção, desde o plano de estudos, ao tempo de contacto direto com a obra artística, que em muito ajuda na formação do conservador-restaurador.”
Após conversar com a coordenadora da licenciatura, Carla Felizardo, no Open Day da Escola das Artes, “não havia quaisquer dúvidas”, e candidatou-se unicamente ao curso na UCP. “Não poderia ter feito uma escolha melhor. Sinto-me concretizada e verdadeiramente feliz nesta instituição de ensino”, afirma hoje, certa da sua decisão.
Sobre o curso, destaca as “atividades dinamizadas nas Campanhas de Inverno e de Verão, que ensinam verdadeiramente como funciona uma equipa de trabalho,” em contexto profissional, explica a estudante.
Quanto ao futuro e certa de que as ferramentas recolhidas “ao longo dos últimos três anos serão devidamente aplicadas” no mundo que a espera, Marta confessa os seus vários planos: “quero colocar ‘as mãos na massa’, quero poder tocar e trabalhar em várias obras de arte, quero intervencionar objetos dos, e nos, quatro cantos do mundo.”
Mas desses quatro cantos “há um ‘pedaço’ de terra no mediterrâneo, que se chama Itália, que sempre suscitou” o seu interesse. Não fosse esta a casa da peça de arte que mais gostaria de restaurar, caso pudesse escolher qualquer uma no mundo. “Fascinada pelo Renascimento italiano, e pelo trabalho mecenático dos Médici, Florença é guardiã de uma das minhas obras de arte favoritas. Adoraria poder intervencionar A Primavera, de Sandro Botticelli. Há qualquer coisa de especial naquela obra em particular.”