A reunião do Grupo de Trabalho 5 (TRACTS WG5), divulgação e comunicação de ciência, é organizada pelo investigador do CITAR Luís Teixeira, e terá lugar no dia 17 de julho, na Escola das Artes, no Porto.
TRACTS, que significa "Trace as a Research Agenda for Climate Change, Technology Studies, and Social Justice", é uma ação COST (2021-2025) que reúne académicos de disciplinas das ciências sociais e humanas com artistas, ativistas decoloniais, especialistas em memorialização e profissionais do direito para colmatar as atuais lacunas culturais, políticas e geográficas na investigação sobre os vestígios humanos.
Em resposta às recentes vagas de populismo, actores tão diversos como ambientalistas, activistas dos direitos humanos e curadores têm vindo a confrontar e a utilizar de forma criativa os legados do século XX. Isto não mostra sinais de abrandamento numa Europa marcada por rápidas mudanças tecnológicas, ambientais e socioeconómicas. Como tal, o mapeamento dos desafios nos domínios da justiça social, das alterações climáticas e do impacto tecnológico na sociedade exige a reflexão e a produção de novos entendimentos sobre os vestígios.
Um vestígio, seja ele um objeto, um rasto, uma ruína, um registo de arquivo ou uma memória, é simultaneamente uma marca e uma pista do passado e do futuro, que pode ser encontrada e seguida no presente. A investigação científica sobre os vestígios e a utilização do rastreio como ferramenta concetual ou analítica permeia muitos domínios, incluindo os estudos sobre o património e os museus; as análises do impacto paisagístico e ambiental; as investigações sobre os legados coloniais nas instituições políticas e os vestígios de violência em massa em toda a Europa; e os estudos sobre as pegadas digitais pessoais, a localização por GPS e as tecnologias de vigilância. Surpreendentemente, porém, as abordagens teóricas e metodológicas para a análise dos vestígios nunca foram coordenadas de forma abrangente entre disciplinas e práticas de investigação.
A ação COST TRACTS pretende reunir e aprender com esta vasta e desarticulada investigação, promovendo uma rede pan-europeia, que é ascendente, inovadora, crítica e inclusiva. Esta rede reúne académicos das humanidades (filologia, história da arte, arqueologia, história) e das ciências sociais (antropologia social, etnologia, direito, sociologia) com artistas visuais e sonoros, curadores de museus e independentes, ambientalistas, ativistas dos direitos humanos, especialistas em memorialização e decisores políticos para colmatar as atuais lacunas culturais, políticas e geográficas na investigação europeia sobre vestígios.
