BIOGRAFIA
SALOMÉ LAMAS
Salomé Lamas (Lisboa) estudou cinema em Lisboa e Praga, artes visuais em Amsterdão e é doutoranda em Arte Contemporânea em Coimbra. O seu trabalho tem sido exibido tanto em contextos artísticos como nos principais festivais de cinema. Conta já com diversas exposições e filmes, destacando-se as suas longas-metragens Terra de Ninguém (2012), Eldorado XXI (2016) e Extinção (2018). É Artista Residente na Escola das Artes no ano letivo 2017/18.
No singular universo do seu trabalho multidisciplinar, Salomé Lamas sempre se expôs a situações complexas: enfrentar um mercenário em Terra de Ninguém (2012) ou viver em condições extremas para a rodagem de Eldorado XXI (2016) são apenas dois exemplos dos seus métodos de criação e produção. Para a artista, o próprio ato de se colocar em risco é necessário para o processo criativo. Nada mais natural, portanto, que Lamas tenha escolhido um dos espaços geográficos mais perigosos para filmar Extinção (2018), o projeto que está na origem desta exposição: a Transnístria, um território não reconhecido que ocupa parte da atual Moldávia, mais um dos “conflitos congelados” que surgiram com o fim da União Soviética.
Esta procura pelo Outro, aquele que radicalmente não se conhece, é fundamental na pesquisa que Lamas tem encetado. Em certo sentido, parece que a artista se provoca a si mesma para questionar as identidades (dela e dos Outros). Este Auto-Retrato é, por isso mesmo, uma forma de dar destaque aos fatores que nos permitem aproximar ou afastar desses outros: uma língua diferente, uma fronteira indefinida, um visto de entra- da, um interrogatório e uma(s) História(a) - aqui com uma complexa rede que envolve a União Soviética, a Rússia, a Ucrânia, a Moldávia e a Roménia).
Apoio
Fundação Calouste Gulbenkian
Agradecimentos
Fundação de Serralves- Museu de Arte Contemporânea
Organização