O Anuário é uma publicação que documenta os projetos das alunas e alunos finalistas da Escola das Artes e será lançado durante o Panorama #22.
Abertura do Anuário
Esta publicação reúne e celebra as e os finalistas de 2022 da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. O que une todas e todos é a forma como cada um dos projectos finais que agora apresenta, e que simbolicamente são o elemento de conclusão da sua passagem por esta universidade, expressam a diversidade, a liberdade e a permanente experimentação artísticas, que são valores axiais do projecto pedagógico e cultural da EA.
O Anuário 2022 não celebra unicamente o percurso que os finalistas fizeram na EA / UCP, mas projecta-os no futuro. As suas experiências, a sua singularidade e as descobertas feitas durante a sua passagem por esta universidade, e que agora se fixam nesta publicação, não representam um registo do seu passado, nem tão pouco arquivam o seu percurso académico, mas são formas de criar aberturas no tempo que se abre diante deles: um passado no qual se forja o tempo que há-de vir e o qual apresenta possibilidades infinitas.
Quer venham a ser autores, artistas, cineastas, produtores, criativos, curadores, conservadores-restauradores, ou a desenvolver qualquer outra tarefa no vasto mundo das profissões ligadas às artes, a EA foi, estamos certos, um lugar importante na descoberta do lugar que ambicionam ocupar no mundo. Descobertas que dizem respeito não só à aquisição de um saber-fazer e de um saber-pensar específicos, mas que também se ligam àquelas pequenas coisas, muitas vezes anónimas e quase imperceptíveis, que constituem o todo das experiências que aqui encontraram um lugar privilegiado.
E é com a maior admiração e satisfação que testemunhámos e agora celebramos o modo exemplar como todas e todos marcaram esta comunidade criativa a que chamamos Escola das Artes. A sua permanente exigência, crítica e espírito inventivo, obrigaram-nos a encontrar formas diferenciadas de abordar os processos de pesquisa e prática artísticas e lançaram-nos num processo de permanente invenção. Exigências estas essenciais para uma escola de arte que tem na permanente inquietude, transformação e intensidade as suas marcas distintivas.
A todas e a todos os nossos parabéns por aquilo que durantes estes anos conquistaram e a nossa gratidão por terem escolhido este lugar como o seu lugar: sem as marcas que, sem dúvida, cada uma e cada um individualmente deixam nesta escola, seríamos certamente um lugar mais pobre.
Nuno Crespo
Director da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa
Porto, Setembro de 2022