Formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) e mestrando em Antropologia Social, é investigador de culturas e histórias afro-brasileiras, tendo participado na curadoria de exposições no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), como Histórias Afro Atlânticas (2018).
É diretor do projeto “Batekoo”, plataforma que promove entretenimento, cultura e informação por e para juventude urbana, negra e LGBT+.
AYRSON HERÁCLITO
Artista visual e curador, doutorando em Comunicação e Semiótica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É professor do curso de Artes Visuais do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB. Suas obras transitam em diferentes linguagens das artes visuais, como a pintura, desenho, escultura, fotografia, audiovisual, instalação e performance, lidando com frequência com elementos da cultura afro-brasileira, muitas delas, premiadas e vistas em individuais na Bahia e em festivais e bienais internacionais.
Os seus trabalhos foram expostos na Bienal de Veneza, Itália (57ª edição, em 2017); no Fowler Museum, em Los Angeles, EUA; (2017), no European Centre for Contemporary Art, na Bélgica (2012); no Malba, Argentina (2010), na Kunst Film Biennial, Alemanha; na II Trienal de Luanda, em Angola; na 2a. Changjiang International Photography and Video Biennial, na China; no Weltkulturen Museum, Alemanha; em duas Bienais do Mercosul, a III e X, ambas no Brasil.
Também no Brasil, os trabalhos de Ayrson Heráclito já foram apresentados em representativos espaços de exibição como o Museu de Arte do Rio (MAR/RJ), a Associação Cultural Videobrasil (SP), Pinacoteca do Estado de São Paulo (SP), Museu de Arte Contemporânea (MAC, RJ), Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ), Museu de Arte Moderna da Bahia (BA), SESC Pompeia (SP), Museu da Cidade (OCA, SP) e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB, BSB).
Algumas das suas obras integram as coleções de museus e instituições como a Coleção Itaú Cultural (São Paulo, Brasil), O Instituto Inhotim (Brumadinho, Minas Gerais), o Museum der Weltkulturen (Frankfurt, Alemanha), o Museu de Arte do Rio (Rio de Janeiro, Brasil) a Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo, Brasil), 0 Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (São Paulo, Brasil), a Raw Material Company (Dakar, Senegal) e o Museu de Arte Moderna da Bahia (Salvador, Brasil).
CARLA FILIPE
A obra de Carla Filipe é composta a partir da apropriação de objetos e documentos, ou construída através da relação permeável entre objetos de arte, cultura popular e ativismo. Na sua pesquisa, a artista utiliza materiais e elementos, como bandeiras, cartazes, jornais e artefatos ferroviários. O seu percurso artístico iniciou-se na cidade do Porto em 2001, fazendo parte do fluxo artist run spaces, foi co-fundadora do "Salão Olímpico" e do " Projecto Apêndice" , em 2009 ganha a bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para a residência artística na ACME Studios ( UK ) , desde então tem tido um percurso nacional e internacional mais afirmado, desde a Bienal Manifesta 8 “ Diálogo entre região de Múrcia e Norte de África “ curadoria Tranzit.org, Múrcia / Espanha ( 2010); Prémios EDP - Novos artistas, curadoria João Pinharanda, Nuno Crespo, Delfim Sardo, Lisboa / Portugal (2011); V Bienal de Jafre, Curadoria Carolina Grau e Mário Flecha, Jafre / Espanha (2011); "Deaf / Dumb Archive", curadoria Zbyněk Baladrán, Tranzit.Display, República Checa / Praga (2011) ; "Mon, am i barbarian?", curadoria Fulya Erdemci, 13 th Bienal de Istambul / Turquia (2013); " da cauda à cabeça" curad. Pedro Lapa, Museu Berardo, Lisboa / Portugal (2014); "Air Traces" curated by Alan Quireyns, Antuerpia / Bélgica (2014) ;"12 contemporâneos, Estados Presentes” curadoria Suzanne Cotter e Bruno Marchand, Museu Serralves, Porto / Portugal (2014); Re-Discovery III- curadoria Ulrich Loock, Autocenter , Berlim / Alemanha (2015)," Natural Instincts" curadoria Samuel Leuenberger , Les Urbaines, Lausanne / Suiça (2015); “Le Lynx ne connait mas de frontières" curadoria Joana Neves, Fundação D ́Entreprise Ricard, Paris / França (2015); “Au sud d’aujourd’hui” curadoria Miguel Von Hafe Pérez; Fundação Calouste Gulbenkian, Paris / França ( 2015); Residência Artística (2015) Fundação Robert Rauschenberg, Captiva, Florida / E.U.A.; " Incerteza Viva" curadoria Jochen Volz, 32" Bienal de S.Paulo / Brasil (2016); Incerteza viva : uma exposição a partir da 32o Bienal de S. Paulo, curadoria João Ribas e Jochen Volz, Museu de Serralves, Porto/ Portugal (2017); 4th Ural Industrial Biennial curadoria João Ribas, Ural / Rússia (2017); “ Extática Esfinge- Desenho e Animismo Parte II ” curadoria Nuno Faria, CIAJG, Guimarães / Portugal; “ O ontem morreu hoje, o hoje morre amanhã", curadoria Carla Filipe e Ulrich Loock, Galeria Municipal do Porto, Porto / Portugal ( 2018).
DALTON PAULA
Dalton Paula vive e trabalha em Goiânia/GO; é bacharel em Artes Visuais, educador e idealizador do Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes, criado em 2021. Investiga as representações de corpos negros na diáspora africana, desde o período colonial à contemporaneidade, tecendo curas simbólicas, que perpassam o campo histórico-social, econômico e psíquico. O contexto dos terreiros, quilombos, subúrbios e os festejos tradicionais compõem seu processo de pesquisa, que desdobra-se para o quilombo-escola e guia as ações artísticas e educativas, que atuam no fortalecimento da comunidade, construindo um lugar poderoso de emancipação e autonomia dos sujeitos. Recebeu em 2023 o Prêmio Soros Arts Fellowship da Open Society Foundation; em 2022 fez a exposição “Rota do Algodão” na Pinacoteca de São Paulo e a individual “Retratos Brasileiros” no MASP. Em 2021 participou da exposição “Enciclopédia Negra”, na Pinacoteca de São Paulo; no ano de 2020 fez sua primeira exposição individual “Dalton Paula: o sequestrador de Almas”, em Nova York, na Alexander and Bonin Gallery. Em 2019 foi um dos cinco premiados da 7ª edição do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas; e expôs no “36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).
Em 2018 foi selecionado para a Trienal “Songs for Sabotage” do New Museum em Nova York/EUA. Também integrou a 11ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul - “O Triângulo Atlântico”, em Porto Alegre/RS; e teve trabalhos na exposição “Histórias Afro-Atlânticas” (MASP e Instituto Tomie Ohtake). Em 2017 participou da exposição “The Atlantic Triangle” (Instituto Goethe, Lagos/Nigéria) e no ano de 2016 foi um dos artistas convidados para a 32ª Bienal de São Paulo.
DENILSON BANIWA
Nascido em Barcelos, no interior do Amazonas, Denilson Baniwa é indígena do povo Baniwa. Atualmente, vive e trabalha em Niterói, no Rio de Janeiro. Como ativista pelo direito dos povos indígenas, realiza, desde 2015, palestras, oficinas e cursos, atuando sobretudo nas regiões sul e sudeste do Brasil e, também, na Bahia. Em 2018, realizou a mostra “Terra Brasilis: o agro não é pop!”, na Galeria de Arte da Universidade Federal Fluminense, também em Niterói, como parte do projeto “Brasil: A Margem”, promovido pela universidade. No mesmo ano, participou da residência artística da quarta edição do Festival Corpus Urbis, realizada no Oiapoque, no Amapá. Esteve em exposições no CCBB, Pinacoteca de São Paulo, CCSP, Centro de Artes Helio Oiticica, Museu Afro Brasil, MASP, MAR e Bienal de Sidney. Além de artista visual, Denilson é também publicitário, articulador de cultura digital e hackeamento, contribuindo na construção de uma imagética indígena em diversos meios como revistas, filmes e séries de tv. Em 2019, venceu o Prêmio Pipa na categoria online e, em 2021, foi um dos vencedores indicados pelo júri.
FLÁVIO CERQUEIRA
Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. É doutorando em Artes Visuais pela Universidade Estadual Paulista-UNESP. Trabalha com os processos tradicionais de fundição em bronze e tem a figura humana como protagonista de sua poética.
A sua obra explora, de maneira única, narrativas pessoais, históricas e por vezes ficcionais para problematizar questões de classe, identidade, raça e gênero. A presença de objetos do cotidiano, como espelhos, livros, sinalização de trânsito ou escritas de pichação cria tensão com as figuras humanas de bronze fora de escala em uma tentativa de desfocar as fronteiras entre a escultura, o espaço arquitectónico e o espectador. Cerqueira usa a escultura como ferramenta para imobilizar o instante, o momento do fragmento de uma ação, onde o espectador se torna coautor na produção de significados para dizer que a narrativa tem um início com finais diferentes.
O seu trabalho tem sido destaque em inúmeras exposições coletivas no Brasil e no exterior, incluindo, principalmente, Histórias Afro Atlânticas, National Gallery of Washington (2022) The Museum of Fine Arts Houston (2021), MASP – São Paulo, Brasil (2018); Queermuseu, Santander Cultural, Porto Alegre, Brasil (2017); South / South Let me Begin again, Goodman Gallery Cape Town, África do Sul (2017). 10ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2015); Resignification, Museu Stefano Bardini, Florença, Itália (2015);
As suas obras podem ser encontradas em importantes coleções do Brasil, como Instituto Inhotim, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu Afro Brasil, do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP) e do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) entre outros.
FRANCISCO VIDAL
Licenciado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, realizou um curso avançado em Artes Visuais na Escola de Artes Visuais Maumaus, em Lisboa. Viveu, durante algum tempo, nos Estados Unidos, obtendo o Master em Fine Arts pela School of Visual Arts da Columbia University, em Nova Iorque.
Começou a expor com regularidade a partir de 2005. Em 2014, apresentou o projeto de pintura “Utopia Luanda Machine” na 56.ª Bienal de Veneza, no Pavilhão de Angola, com a curadoria de António Ole, e na Expo Milão, com a curadoria de Suzana Sousa. Em 2016, apresentou em Luanda e, em 2017, em São Tomé e Príncipe, o projeto “ESCOLA DE PAPEL”.
A prática de Francisco Vidal realça ideias em torno do trabalho e mobilidade internacional. É reconhecido pelas suas grandes instalações de pintura, traçando poderosas linhas caligráficas sobre telas de serigrafia, em cores vivas e variados esquemas cromáticos. Tem obras em coleções nacionais, como as da Fundação EDP, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Cachola, e internacionais.
HÉLIO MENEZES
Hélio Menezes é antropólogo, curador, crítico e investigador. Foi curador da 35a Bienal de Artes de São Paulo, “coreografias do impossível” (2023). Foi curador de Arte Contemporânea e de Literatura do Centro Cultural São Paulo (2019-2021) e coordenador internacional do Fórum Social Mundial de Belém (2009), Dacar (2011) e Túnis (2013). É mestre e doutorando pela Universidade de São Paulo e Affiliated Scholar ao Brazil Lab da Princeton University; foi também aluno do Institut d’Etudes Politiques de Paris (Sciences-Po, 2007) e da Universidad Autónoma de Madrid (UAM, 2013). Entre os seus trabalhos mais recentes, destacam-se a curadoria das exposições Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros (IMS); Vozes contra o racismo; Abre-Caminhos (CCSP), The discovery of what it means to be Brazilian (Mariane Ibrahim Gallery - Chicago), Há luz atrás dos muros (exposição permanente do Museu de Arte Osório Cesar), Jota Mombaça: Atravessar a Grande Noite sem Acender a Luz (CCSP); Histórias Afro-Atlânticas (MASP/Instituto Tomie Ohtake); 30ª e 31ª edições do Programa de Exposições do CCSP; Nova República (Bienal de Arquitetura de SP) entre outras. Os seus textos encontram-se em publicações diversas, como os catálogos das exposições Histórias Afro-Atlânticas (vol. 1 e 2); 10th Berlin Bienalle for Contemporary Art; Rubem Valentim: construções atlânticas (MASP); Prison to prison: an intimate story between two architectures (Bienal de Veneza de Arquitetura). Em 2021, a ArtReview magazine reconheceu-o como uma das 100 pessoas mais importantes da arte contemporânea no mundo.
JOÃO SALAVIZA + RENÉE NADER MESSORA
João Salaviza estudou cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema em Lisboa e concluiu os seus estudos na Universidad del Cine em Buenos Aires. É autor de filmes como Duas Pessoas (2005), Arena (2009), Hotel Müller (2010), Cerro Negro (2012), Rafa (2012), Montanha (2015), Altas Cidades de Ossadas (2017), Russa (2018) e Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018). Exibidos um pouco por todo o mundo, os seus filmes já valeram ao realizador a atribuição de importantes prémios internacionais, como a Palma de Ouro de Cannes (2009) e o Urso de Berlim na Berlinale (2012) para melhores curtas-metragens. Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos e A Flor do Buriti (2023, prémio de Melhor Longa-Metragem na competição internacional em Florença) foram co-realizados com Renée Nader Messora.
Renée Nader Messora nasceu em São Paulo em 1979. É licenciada em Cinematografia pela Universidad del Cine – Buenos Aires. Durante quinze anos trabalhou como assistente de realização no Brasil, Argentina e Portugal. Em 2009, Renée Nader Messora conheceu o povo indígena Krahô. Desde então, tem trabalhado com a comunidade, participando na mobilização de um coletivo local de realizadores Krahô. O seu trabalho foca-se no uso do cinema como ferramenta de auto-determinação e o reforço da identidade cultural. Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos é a sua estreia como realizadora.
LILIA MORITZ SCHWARCZ
Antropóloga, historiadora, professora titular no Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo e Global Scholar na Universidade de Princeton. Foi Visiting Professor em Oxford, Leiden, Brown e Columbia. Curadora convidada no Museu de Arte de São Paulo e colunista do jornal Nexo.
Obteve a John Simon Guggenheim Foundation Fellow (2007) e recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Científico Nacional (2010). É autora de uma vasta bibliografia, com obras como "Retrato em branco e negro" (1987, prêmio APCA), "O espetáculo das raças" (1993), "As barbas do imperador" (1998, prêmio Jabuti Livro do Ano), "O sol do Brasil" (2008, Prêmio Jabuti categoria biografia 2009), "Brasil: Uma biografia" (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e "Lima Barreto: Triste visionário" (2017, prêmio Jabuti de Biografia).
MARGARIDA CARDOSO
Realizadora e argumentista, professora do curso de Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia da Universidade Lusófona de Lisboa.
Trabalhou, entre 1982 a 95, como assistente de realização, anotadora e fotografa de cena em mais de 50 filmes portugueses e estrangeiros. A partir de 1995, tem realizado filmes de ficção e documentários, afirmando-se como um dos nomes mais consistentes do cinema português.
Os documentários “Natal 71 “, “Kuxa Kanema – O nascimento do cinema” e as ficções “A Costa dos Murmúrios” e “Yvone Kane” estão entre os seus filmes mais reconhecidos, explorando assuntos que cruzam a sua história pessoal com questões proeminentes na História recente de Portugal, como a guerra colonial em África, a revolução e o fim da era colonial.
PEDRO BARATEIRO
Formação em desenho, escultura, vídeo e escrita, complementada com um mestrado na Academia de Arte de Malmö, Universidade de Lund (Suécia) e no Programa de Estudo Independente em Artes Visuais na Maumaus – Escola de Artes Visuais (Lisboa).
Desenvolveu, ainda, a sua prática em residências na Air Antwerpen (Antuérpia), Pavillon – Palais de Tokyo (Paris), ISCP (Nova Iorque), Sítio das Artes, CAM – Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Spike Island (Bristol) e Galeria Zé dos Bois (Lisboa).
Exposições individuais em Netwerk, (Aalst); Basement Roma (Roma); Néon (Lyon); REDCAT (Los Angeles); Museu Colecção Berardo (Lisboa); Kettle’s Yard (Cambridge); Parkour (Lisboa); Kunsthalle Lissabon (Lisboa); Kunsthalle Basel; Lumiar Cité (Lisboa); Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto); MARCO – Museo de Arte Contemporánea de Vigo; Pavilhão Branco – Museu da Cidade (Lisboa); Spike Island (Bristol).