João Couto

Mestrado em Gestão de Indústrias Criativas

Bio

João Couto (Vila Nova de Gaia, 1995) aprendeu a cantar antes de falar (pelo menos é o que a família diz) e, desde sempre, o que mais queria era saber fazer canções.
Músico profissional desde 2018, tem vindo a construir um percurso como compositor e artista, movido pela convicção de que a música pop é a forma de arte mais bonita que existe.
Licenciado em Som e Imagem pela Universidade Católica (2016) e formado em Produção Musical pela Arda Academy (2020), decidiu, em 2025, lançar o seu terceiro álbum, Efeito Submarino, ao mesmo tempo que conclui o Mestrado em Gestão de Indústrias Criativas, com uma dissertação sobre o impacto do streaming na vida dos músicos independentes em Portugal — ou seja, pessoas como ele.
Entre discos, concertos e projetos paralelos, tenta cruzar música, direção artística, audiovisual e comunicação no seu trabalho, procurando sempre o equilíbrio entre o pessoal e o universal.

joao_couto

O Músico Português Independente na Era do Streaming: Um Estudo sobre Segurança Profissional
– dissertação

A indústria fonográfica global tem registado um crescimento estável e contínuo na última década. No entanto, persiste uma insatisfação vocal e notória por parte de músicos e artistas, que afirmam receber apenas uma fração dos lucros gerados pela indústria.
Esta dissertação propõe analisar as razões dessa discrepância e de que forma o domínio do streaming influencia a segurança profissional dos músicos, com foco na realidade portuguesa, sobretudo no contexto da música independente. Através de entrevistas semiestruturadas a agentes da indústria e de análise bibliográfica, reflete-se sobre o impacto das plataformas digitais na estabilidade das carreiras artísticas, abordando temas como a transparência algorítmica, os mecanismos de remuneração e a necessidade de adaptação constante às dinâmicas digitais.
Os resultados indicam que, embora o streaming facilite significativamente o acesso e a distribuição de música, o ecossistema digital constitui um terreno fértil para obstáculos na construção de percursos consistentes, agravados por fatores sociais, económicos e tecnológicos inerentes ao fenómeno do streaming.