Isabel Salgueiro Maia (Vila do Conde, 2002) concluiu a Licenciatura em Arte – Conservação e Restauro na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa do Porto em 2023, ano que ingressou no Mestrado em Conservação e Restauro de Bens Culturais que termina no presente ano letivo.
Atualmente é colaboradora do Centro de Conservação e Restauro (CCR).

Durante o mestrado, teve a oportunidade de integrar diversos projetos que enriqueceram a sua formação, nomeadamente através da participação em workshops especializados e campanhas de verão. Entre essas experiências, destacou com especial apreço o convite para fazer parte da intervenção de restauro de uma pintura de rolo da Igreja de Nossa Senhora do Terço e Caridade. Onde afirma ter sido um privilégio integrar a equipa, onde professores e técnicos se tornaram colegas e referências no seu percurso profissional.
Paralelamente, sempre acreditou que cada objeto artístico carrega consigo uma história e uma mensagem que transcendem o seu valor estético. Esta visão ética, que defende a autenticidade e o respeito pela passagem do tempo, reforçou a sua motivação para aprofundar os estudos na área da conservação de materiais pétreos, com base neste princípio – de que qualquer intervenção deve ser mínima e sustentada por critérios técnicos e deontológicos – que nasceu o seu interesse pela investigação de soluções eficazes, duráveis e compatíveis com o granito de Vila Real.
Neste contexto, dedicou-se ao estudo dos desafios e das potencialidades do uso de hidrófugos nanotecnológicos na proteção de superfícies graníticas. Acredita que o desenvolvimento nesta área e a aplicação responsável destes produtos representam um contributo relevante para a conservação preventiva, ao prolongarem a durabilidade dos materiais sem comprometer a sua integridade estética ou histórica.
Ao longo deste percurso, o Edifício de Restauro foi o espaço onde o saber se cruzou com a prática. Entre pincéis, solventes, hidrófugos, pigmentos e reflexão crítica, aprofundou os seus conhecimentos tanto nos materiais orgânicos como nos inorgânicos, e desenvolveu um olhar atento e responsável enquanto futura conservadora-restauradora. A todos os que fizeram parte deste trajeto — colegas, docentes e monitores — deixa a sua mais sincera gratidão e os melhores votos de sucesso nas próximas etapas.