Filipe Esteves

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Bio

Esteves em Prosa

Filipe Esteves é um jovem que vive no litoral da Póvoa de Varzim. As ondas do Atlântico e os ventos do Norte são a sua companhia quando trabalha à secretária. Quando o trabalho se começa a alongar e o progresso se demora a revelar, desce do 17º e vai dar um passeio. É um humanista, apreciador de pessoas e da arte que as mesmas produzem. Acusam-no de ser empático e sonhador. Prefere calções e t-shirt, papel e caneta. Admite que costumava ler mais e está determinado a fazer mais coisas engraçadas com quaisquer tralhas que encontrar por aí. Acredita ter bastante metafísica.

 

 

Esteves em Verso

Rocha Esteves é Filipe de nome
Tem olhos castanhos para ver o azul
No bolso (dos calções) um elogio
Para quem o precisa de escutar

Ao peito o coração bate lento
Até chegar a hora de arrancar
Atrás do sonho ainda por descobrir
Sabendo sempre quando parar para descansar

A barba cresce
O nariz sangra
A perna abana (um tique herdado de um Esteves mais velho)

Em suma: é um gajo alto
Por isso tem a cabeça nas nuvens

Se o vires por aí aperta-lhe a mão
Verás que a levará ao bolso

É o Esteves com metafísica

filipe_Esteves

Junkle

Junkle é uma instalação escultórica muda que convida o espectador a observar um conjunto de criaturas de plástico, com uma aparência animalesca.

Estas esculturas são produzidas através da assemblagem de diferentes partes de objetos variados – equipamento de escritório, dispositivos eletrónicos, acessórios de tecnologia, eletrodomésticos – que em tempos conviviam frequentemente com humanos. Contudo, depois de se estragarem, foram postos de parte. Filipe Esteves dá uma nova forma e uma nova vida a estas tralhas, numa demonstração da criatividade inerente à espécie humana, mas também num apelo à redução do consumismo desmedido. Se acumulamos tanto lixo ao ponto de podermos esculpir animais de plástico, talvez não estejamos a fazer o melhor pelos nossos animais de carne e osso.

Sobre uma plataforma baixa de um verde chroma key sentam-se as esculturas, identificadas, cada uma, por um número. Há uma criatura que escapa a esta regra – a Teleborboleta – ficando antes suspensa pelo teto, olhando as restantes de uma posição superior. A parede branca apresenta as descrições de cada criatura, escritas à mão.