Sendo a presente unidade curricular — Projeto Artístico II (PA II) — o segundo momento de um conjunto de duas unidades curriculares dedicadas ao desenvolvimento e implementação de um projeto artístico individual de longa duração, os seus objetivos globais prendem-se o de desenvolvimento prático — produção, construção, instalação — e registo do projeto pré-produzido no semestre anterior no contexto da disciplina de Projeto Artístico I.
Como tal, o enfoque da unidade curricular de PA II debruça-se sobre:

1. A materialização dos vetores de investigação desenvolvidos e traçados na unidade curricular precedente, considerando que as restrições e condicionamentos técnicos plasmados nesse processo afiguram um exercício de construção e modelação de discurso e investigação desenvolvidos;
2. A transmissão de práticas de oficina/estúdio enquanto conjunto de ferramentas de implementação formal e técnica de modelos e provas de conceito previamente estabelecidos, dando especial importância a processos construtivos e aditivos assentes na continuidade e no estabelecimento de momentos discretos e sequenciais de desenvolvimento;
3. A fomentação de um sentido de análise crítica constante que permita regular as dinâmicas estabelecidas entre discurso investigativo e as soluções formais encontradas, assim como avaliar e mapear o posicionamento de práticas individuais no contexto alargado da produção artística, cultural e audiovisual contemporânea;
4. O nutrir do domínio técnico e processual da produção artística e audiovisual através de uma proximidade estreita com as ferramentas e espaços de implementação técnicas — oficina, laboratório, estúdio, atelier, etc… — enquadrando-os enquanto pilares de uma modalidade de pensamento fundados na prática artística.
5. O auxílio de cada discente na construção e otimização de processos individuais de investigação artística assentes na materialização de projetos, procurando ajustar modelos de desenvolvimento robustos e sustentáveis a diferentes subjetividades.
6. A fomentação de uma atenção relativamente aos episódios processuais emergentes do processo de construção enquanto momentos fulcrais de expressão plástica que, por si só, constituem parte integrante — e eventualmente modeladora — da investigação desenvolvida durante a pré-produção.
7. No seguimento do ponto anterior, sublinhar a importância de uma flexibilidade discursiva e operacional que permita acolher resultados — previstos e imprevistos — de forma consequente, permitindo que os processos de execução assumam um necessário carácter investigativo.
8. A compreensão das especificidades do espaço expositivo enquanto um conjunto de informações e restrições que requerem opções e decisões dialogantes com a peça produzida.
9. A gestão de recursos técnicos e materiais, assim como a gestão e afinação da calendarização definida.
10. A produção de materiais de representação da obra — registo videográfico, fotográfico ou áudio, folha de sala, etc… — enquanto elementos constitutivos da obra e ferramentas estratégicas de posicionamento e contacto com pares e público.