Francisca Reis Vieira

Mestrado em Gestão de Indústrias Criativas

Bio

Francisca Reis Vieira, nascida na Ilha da Madeira, é Atriz e Produtora.
Atualmente conclui o Mestrado em Gestão de Indústrias Criativas na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa (Porto, 2023–2025), depois de se ter licenciado em Teatro – Variante de Interpretação, na ESMAE (2020–2023). Frequentou ainda o 1.o ano do curso de Drama na De Montfort University (Leicester, Reino Unido, 2019) e realizou o ensino secundário no Conservatório de Artes da Madeira (CEPAM), no Curso Profissional de Artes do Espetáculo – Interpretação (2016–2019).
Enquanto Atriz, trabalhou com companhias como a Seiva Trupe – Teatro Vivo e a 4 Litro Produções, participando em espetáculos comoCoro das Águas (2025), Um Casamento do Inferno (2025) e A Lotaria de Natal (2024). Colaborou ainda em projetos audiovisuais como a curta-metragemMata Porcos (2024), de Mariana Amaral Silva, e na campanha regional Click na Mudança (2024), promovida pela Secretaria Regional da Inclusão, Trabalho e Juventude/Instituto de Segurança Social da Madeira, IP-RAM. No domínio da narração, destacam-se a série radiofónica Advento Tático (2021), transmitida na Antena 2 (RTP), bem como nos concertos com a Orquestra Académica do CEPAM –Pedro e o Lobo (2019) – e com o grupo MadBrass5, emFanfarra Ciclópica (2019).
Na área da Produção, integrou a equipa da Seiva Trupe como Assistente de Produção em 2024/2025, no âmbito do seu Estágio Curricular, assumindo responsabilidades na organização de ensaios, apoio à equipa criativa, estratégias de divulgação, logística, etc.

francisca

Estágio

Este Relatório de Estágio propõe uma análise crítica e aplicada à estrutura organizacional da Seiva Trupe – Teatro Vivo, C.R.L., uma das companhias de Teatro mais antigas de Portugal, com base em modelos teóricos fundamentais da Gestão. Através da experiência direta do Estágio Curricular (novembro 2024 – abril 2025), da observação participativa, e das entrevistas semiestruturadas pretendeu-se compreender como pode a Gestão contribuir para a reestruturação e sustentabilidade de estruturas culturais e artísticas independentes. Para tal, recorreu-se ao Star ModelTM de Jay Galbraith como ferramenta de diagnóstico organizacional, permitindo uma análise integrada dos principais eixos da estrutura interna da companhia. Em complemento, foi utilizado o Sistema de Controlo de Gestão de Robert Anthony, com o intuito de interpretar os mecanismos de supervisão, responsabilidade e tomada de decisão, evidenciando a distribuição de funções e os níveis hierárquicos da organização.
A análise demonstrou que, apesar de desenhados para contextos empresariais, ambos os modelos são adaptáveis ao sector artístico, desde que interpretados criticamente e ajustados às suas especificidades. A Seiva Trupe, atravessando um período de fragilidade estrutural e indefinição estratégica, revelou com clareza as limitações de um sistema assente em práticas informais, ausência de delegação eficaz e fraca articulação entre os órgãos legais e a companhia artística.
O Relatório conclui com uma Proposta de aplicação adaptada do Star ModelTM, defendendo a criação de um espaço colaborativo entre Gestão e Cultura, onde possam emergir novas Práticas e Políticas Culturais mais coerentes com a realidade das estruturas artísticas em Portugal.