Eduardo Minczuk é músico profissional com uma carreira consolidada de mais de três décadas em orquestras sinfónicas e instituições culturais de renome no Brasil e na Europa.
Natural de São Paulo, iniciou os seus estudos na Escola Municipal de Música da capital paulista, tendo posteriormente integrado a prestigiada Academia da Orquestra Filarmónica de Berlim (Karajan Stiftung), onde aperfeiçoou a sua formação em performance orquestral.
Foi trompista titular da Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo (OSESP) durante mais de vinte anos, período em que participou em digressões internacionais e festivais como os BBC Proms, Festival de Lucerna, Musikfest Berlin, Festival de Edimburgo, Beijing Music Festival e Rheingau Musik Festival. Atuou também como convidado da Orquestra Filarmónica de Berlim e da Orquestra Jovem da Rádio de Berlim, destacando-se no Salzburger Musikfestspiel (1998).
Paralelamente à atividade performativa, dedicou-se ao ensino da música, com passagens pela Universidade Livre de Música (EMESP), em São Paulo, e pela organização de masterclasses com solistas de referência internacional. Desenvolveu ainda diversos projetos comunitários e vocacionais, criando e dirigindo ensembles e coros amadores no Brasil e em Portugal.
Detentor de um Mestrado Profissional em Música pela Universidade Federal da Bahia (Brasil), encontra-se a concluir o Mestrado em Gestão de Indústrias Criativas na Universidade Católica Portuguesa, tendo realizado o estágio curricular na Direção Artística da Casa da Música, no Porto, entre novembro de 2024 e abril de 2025.
Atualmente reside em Braga e tem como objetivo aprofundar o seu contributo para o sector cultural português, combinando a experiência artística à formação em gestão e inovação cultural.
Estágio
O presente projecto de estágio, realizado no âmbito do Mestrado em Gestão de Indústrias Criativas da Universidade Católica Portuguesa, centrou-se na análise crítica da direcção artística e da organização interna da Casa da Música, no Porto. Ao longo de seis meses de imersão prática junto dos agrupamentos residentes – nomeadamente o Remix Ensemble e a Orquestra Barroca Casa da Música – o estágio permitiu uma observação directa dos processos de programação, produção e gestão artística.
O trabalho incluiu a participação activa em actividades operacionais e pedagógicas, bem como a realização de entrevistas com os principais responsáveis artísticos da instituição, incluindo António Jorge Pacheco (Director Artístico cessante) e François Bou (actual Director Artístico). Estas interacções foram fundamentais para compreender as estratégias de liderança cultural adoptadas pela Casa da Música, os desafios da integração entre agrupamentos e os modelos de programação colaborativa e transversal que têm vindo a ser desenvolvidos.
Combinando observação participante, análise documental e reflexão teórica, o projecto procurou articular as práticas observadas com os conceitos contemporâneos de gestão cultural, inovação programática e sustentabilidade artística. Através deste estágio, foi possível desenvolver competências analíticas e operacionais num ambiente cultural de referência, contribuindo para uma compreensão mais profunda do papel das instituições artísticas na sociedade contemporânea.