Já é possível visitar a mais recente exposição individual de João Maria Gusmão, em Lisboa. Animal Farm inaugurou ontem, na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, onde ficará patente até 7 de setembro de 2024.
A Escola das Artes é coprodutora da exposição Animal Farm, que inaugura em dezembro na Sala de Exposições da EA.
Animal Farm convida o observador a participar numa odisseia visual exaltada pelo consolo pastoral, pelos menestréis animistas e pelos enigmas metafísicos – fantasmas, duendes e ogros – oferecendo vislumbres fugazes de uma alteridade existente entre a technê e a poiesis, o humano e o não-humano, o noturno e o diurno.
Através de mais de quinze novas projeções em película de 16 mm, somos desafiados a explorar os mais recentes avanços de uma investigação duradoura sobre meios analógicos e conceitos analógicos. Uma jornada rumo a um distanciamento ecológico da paisagem rural extractivista. A exposição tem curadoria de Marco Bene.
Durante as últimas duas décadas, João Maria Gusmão desenvolveu, em colaboração com Pedro Paiva, um conjunto enigmático e complexo de práticas que vão do cinema experimental, passando pela escultura e pela fotografia, até a literatura, curadoria de exposições e edição de livros. O seu trabalho mais notável assume a forma de instalações imersivas feitas a partir de projeções de filmes analógicos de 16mm. Seu vocabulário visual reúne referências ao imaginário da literatura e da filosofia contemporâneas. As suas esculturas de bronze utilizam fundações esquemáticas simplificadas para criar figuras. O artista modela não as próprias peças, mas seus moldes, um recurso que abre possibilidades aleatórias.
Suas exposições individuais recentes são Lusque-Fusque Arrebol, Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa, Portugal (2022) e Variations — Eugène Frey’s Light Set Projections, Nouveau Musée National de Monaco, Monaco (2021). Participou também da coletiva O Canto do Bode, Casa da Cultura de Comporta, Comporta, Portugal (2021).
Mais informações sobre a exposição aqui.