Enhancing the Mind’s I. Detail of a performance setting
Maria Manuela Lopes é uma artista plástica e investigadora da Universidade do Porto. A sua prática corrente é transdisciplinar investigando relações de memória e identidade informadas pelas ciências biológicas e pela investigação médica e apresenta-se a público em formato de instalações multimédia, desenho e performances, ocasionalmente incluindo materiais biológicos.
Em, Bio Mind and Techno Nature in the Performance of Memory: Arts-Based-Research and Human Enhancement, artigo presente no último número do JSTA , a investigadora examina dois projetos recentes, Enhancing the Mind’s I e Emerging Self, que abordam noções de identidade própria, o desejo de liberdade de forma e as maiores capacidades cognitivas prometidas pelas tecnologias de neuro-aprimoramento.
O artigo reflete sobre o lado ético do aprimoramento humano, isto é, a potencialização das características biológicas do corpo humano, e de tecnologias como a Brain Computer Interaction (BCI) ou as tatuagens digitais que possuem propriedades tecnológicas interativas, prometendo um refinamento da natureza através da tecnologia.
Levantam-se ainda questões sobre memória e identidade através da instalação artística, explorando ainda a possibilidade de traduzir emoções diretamente na matéria, como uma memória, o que resulta na abertura de uma lacuna crítica entre a maneira como as ciências produzem conhecimento sobre este assunto e a emoção produzida nas obras de arte pela experiência do espectador.