De 1 a 4 de julho, a Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa recebeu a edição de 2025 da Porto Summer School on Art & Cinema — um programa que juntou cineastas, artistas, curadores e investigadores em torno do tema Technology/Transformation.
O programa público, de entrada livre, decorreu ao longo de cinco dias em vários espaços da cidade e contou com a participação do público, que marcou presença em todas as atividades: sessões de cinema, conferências, workshops, concertos e inaugurações.
A abertura ficou a cargo do realizador e artista Gabriel Abrantes, com a exibição de três curtas-metragens. No dia seguinte, Chrissie Iles, curadora do Whitney Museum of American Art, orientou um workshop com os participantes da Summer School e apresentou uma conferência sobre o desafio de curar arte “americana” num tempo de reconfiguração global.
Seguiu-se a inauguração da exposição Karle: Cartas, do artista Pedro Huet, patente até 26 de setembro na Sala de Exposições da Escola das Artes, onde texto e imagem se cruzam para refletir sobre o modo como habitamos um mundo atravessado por tecnologia, natureza e trabalho.
O programa público estendeu-se também ao Cinema Trindade e ao Batalha Centro de Cinema, onde o público encheu as salas para as sessões de Cao Guimarães (O Homem das Multidões) e Deborah Stratman (Hacked Circuit e Last Things), seguidas de uma conversa com os convidados e os curadores da Porto Summer School on Art & Cinema.
O encerramento deu-se com o concerto audiovisual Crépuscule Live A/V, de Tujiko Noriko e Joji Koyama, no Passos Manuel — um momento imersivo que combinou som e imagem, encerrando a semana com um momento hipnotizante e cinematográfico, como o universo poético dos próprios artistas.
Mais do que uma escola de verão, a Porto Summer School on Art & Cinema afirma-se como um espaço de encontro, experimentação e partilha — entre práticas artísticas contemporâneas, pensamento crítico e o olhar atento de um público curioso e participativo.
