equipa do Cineclube EA
2020/21
Benjamim Gomes
Diogo Pinto
Francisca Dores
João Pinto
Leonardo Polita
Luísa Alegre
Luiz Manso
Maria Miguel
Mariana Machado
Miguel Ribeiro
Miguel Mesquita
com o apoio de
Carlos Natálio
16 Mai 18:30
Rio, 40 Graus
de Nelson Pereira dos Santos
Brasil, 1955, 100'
Considerado um dos precursores do Cinema Novo, Rio, 40 Graus, apresenta a história de cinco personagens que vivem no Rio de Janeiro durante um dos dias mais quentes do ano.
O enredo desenvolve as dificuldades enfrentadas por cada um deles para sobreviver em meio à pobreza, violência e desigualdade social presentes na cidade.
Com uma linguagem documental e realista, Rio, 40 Graus utiliza elementos do neorrealismo italiano e do cinema norte-americano para retratar a vida cotidiana dos cariocas na década de 1950.
Além disso, o filme também apresenta aspetos da cultura brasileira, como a música e a dança, que ajudam a criar uma atmosfera única e vibrante.
Na época de seu lançamento, Rio, 40 Graus foi muito bem recebido pelo público e pela crítica, consolidando a carreira de Nelson Pereira dos Santos e inspirando uma geração de cineastas brasileiros a explorar a realidade social do país em suas obras. Até hoje, o filme é considerado um marco na história do cinema brasileiro e um exemplo de como o cinema pode ser uma forma poderosa de reflexão sobre a sociedade e seus problemas.
23 Mai às 18:30
Pixote: A Lei do Mais Fraco
de Hector Babenco
Brasil, 1980, 128'
Pixote é inspirado na história real de crianças abandonadas que vivem nas ruas de São Paulo.
O enredo acompanha a trajetória de Pixote, um menino de 11 anos que foge de um reformatório e se junta a um grupo de crianças que sobrevivem através de pequenos delitos, prostituição e violência nas ruas da cidade.
O filme mostra a luta de Pixote e seus amigos para sobreviver em meio à pobreza, exploração sexual e violência policial.
Com uma abordagem realista e chocante, Pixote denuncia a dura realidade enfrentada por crianças marginalizadas no Brasil.
O filme apresenta uma crítica social forte e necessária, mostrando a falência do sistema que deveria proteger essas crianças e a desigualdade social que as empurra para a criminalidade.
30 Mai às 18h30
Cidade de Deus
de Fernando Meirelles e Kátia Lund
Brasil, 2002, 130'
Cidade de Deus mergulha de forma intensa e impactante na realidade das favelas brasileiras, retratando a vida de personagens que lutam diariamente pela sobrevivência em meio à violência, à pobreza e à falta de oportunidades.
Através de uma narrativa não-linear, que abrange um período de três décadas, o filme mostra como a violência e o tráfico de drogas se tornam cada vez mais presentes na vida dos jovens que crescem na Cidade de Deus.
A direção de Fernando Meirelles e Kátia Lund é notável pelo uso de recursos visuais e sonoros que aumentam a intensidade e o impacto da história.
Além disso, o filme apresenta uma riqueza de detalhes na ambientação e no figurino, criando um retrato autêntico da vida nas favelas.
Cidade de Deus também produz uma crítica social forte e necessária, mostrando como a desigualdade social e a falta de políticas públicas adequadas contribuem para a perpetuação da violência e da exclusão social.
Ao mesmo tempo, o filme não se limita a um retrato fatalista das favelas, apresentando personagens que lutam por uma vida melhor, mesmo que isso signifique desafiar as regras impostas pelo crime organizado.