7 MAR 2024, 18h30 | Dalton Paula
Rotas afro-atlânticas e a educação como caminho
Auditório Ilídio Pinho
Dalton Paula pesquisa o corpo negro na diáspora, explorando as relações entre imagem e poder. O artista busca reescrever a historiografia, incorporando toda uma cultura e herança afro-brasileira apagada dos registros oficiais. Suas obras, como "Rota do Tabaco" [2016] "Bamburrô" [2019] e "Rota do Algodão" [2022], abordam o Atlântico Negro com elementos que emergem do contexto das comunidades visitadas durante a pesquisa. Na investigação, ele aborda as rotas relacionadas à exploração de trabalhadores escravizados no Brasil colonial. Como desdobramento de todo o seu percurso na arte, o Sertão Negro Ateliê e Escola de Arte surge a partir do desejo de criar novas rotas para jovens artistas.
Dalton Paula vive e trabalha em Goiânia/GO; é bacharel em Artes Visuais, educador e idealizador do Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes, criado em 2021. Investiga as representações de corpos negros na diáspora africana, desde o período colonial à contemporaneidade, tecendo curas simbólicas, que perpassam o campo histórico-social, econômico e psíquico. O contexto dos terreiros, quilombos, subúrbios e os festejos tradicionais compõem seu processo de pesquisa, que desdobra-se para o quilombo-escola e guia as ações artísticas e educativas, que atuam no fortalecimento da comunidade, construindo um lugar poderoso de emancipação e autonomia dos sujeitos. Recebeu em 2023 o Prêmio Soros Arts Fellowship da Open Society Foundation; em 2022 fez a exposição “Rota do Algodão” na Pinacoteca de São Paulo e a individual “Retratos Brasileiros” no MASP. Em 2021 participou da exposição “Enciclopédia Negra”, na Pinacoteca de São Paulo; no ano de 2020 fez sua primeira exposição individual “Dalton Paula: o sequestrador de Almas”, em Nova York, na Alexander and Bonin Gallery. Em 2019 foi um dos cinco premiados da 7ª edição do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas; e expôs no “36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).
Em 2018 foi selecionado para a Trienal “Songs for Sabotage” do New Museum em Nova York/EUA. Também integrou a 11ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul - “O Triângulo Atlântico”, em Porto Alegre/RS; e teve trabalhos na exposição “Histórias Afro-Atlânticas” (MASP e Instituto Tomie Ohtake). Em 2017 participou da exposição “The Atlantic Triangle” (Instituto Goethe, Lagos/Nigéria) e no ano de 2016 foi um dos artistas convidados para a 32ª Bienal de São Paulo.
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