Enquadramento
Nos primórdios do engenho fotográfico foram muitas as experiências químicas para fixar a luz numa superfície sensível. A história da fotografia é também uma história tecnológica e mesmo com o rápido desenvolvimento de novos processos fotográficos houve sempre quem resistisse à eficácia da técnica mainstream dos tempos modernos: de atingir e reproduzir o real com rapidez e perfeição. Discutia-se o território da fotografia e qual seria o status e papel do fotógrafo. Hoje, a sensibilização da imagem em gelatina começa já a ser vista como processo histórico (alternativo) quase em extinção pelas mesmas razões aquando do seu nascimento: a revolucionária (e tecnológica) indústria. A fotografia analógica a cores existirá enquanto possa existir uma indústria fotográfica que a suporte, mais simples e rudimentar, a fotografia a preto e branco é facilmente manuseada em laboratório e persistirá ao tempo. Trabalharemos neste workshop uma técnica outrora usada por grandes autores, como Eugène Atget que numa era onde a película ganhava seguidores manteve o fascínio pelo negativo em chapa de vidro.
Data Limite para Inscrições: 29 de abril de 2022
Sessões
Data | 6 de maio | 7 de maio | 9 de maio |
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Horário | 18h-20h30 |
9h30-12h30; 14h-17h |
18h-20h30 |
Objetivos
Conhecer uma breve história da fotografia. Desenvolver metodologias conceptuais e práticas inerentes à linguagem fotográfica. Concretizar a captação de imagens em câmaras de médio e grande formato. Entender e aplicar corretamente os processos químicos no processamento de negativos em chapa de vidro com emulsão de gelatina e sais de prata, e positivação por contacto em papel químico.
Modelo Pedagógico
Exposição teórica dos aspetos técnicos e históricos da fotografia com emulsão em gelatina. Preparação dos negativos. Prática orientada na captura de imagens com câmaras de médio e grande formato para chapa de vidro. Realização de um projeto prático desenvolvido pelos formandos.