Arte Pública no Século XXI · Que Práticas de Gestão para os novos Desafios e Oportunidades?

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Mesa-redonda · Arte Pública no Séc. XXI

 

 

06 OUT 2021, 15h00 | ONLINE

Ao longo da História a produção, implantação e manutenção de obras de arte pública sempre dependeu de um encontro de vontades, agrupadas em torno de um punhado de objetivos programáticos: aquietar a ira dos deuses, exaltar os poderes terrenos, louvar a graça divina, homenagear o génio das grandes figuras, celebrar as façanhas da coletividade, fixar memórias, regenerar lugares, suscitar reflexões, produzir sentido, gerar espanto…

Distinguindo-se por visar o cidadão (Armajani) por promover a regeneração urbana (Remesar) ou apenas por pretender ser um instrumento para a ação (Wodiczko), a arte pública é hoje um território bastante complexo, heterogéneo, tenso, quando não conflitual, de que o passado próximo nos deu inequívocos testemunhos, com o derrube de uma dada estatuária histórica, um pouco por toda a parte.

Mas é, ou não é, a arte pública um território de inclusividade? É, ou não é, a arte pública detentora de outro valor para lá do histórico, inerente à produção humana? É importante, sim ou não, conhecer e cuidar da arte pública do passado? E quanto à arte pública no presente, deverá esta circunscrever-se a programas artísticos prestigiosos ou, pelo contrário, devem conviver, em regime de liberdade, discrepantes conceções estéticas, distintas práticas artísticas e contrastantes linguagens plásticas?

Eis algumas das questões que no âmbito da arte pública se encontram, hoje (senão porventura sempre) na ordem dia. De facto, enquanto no século XIX a arte pública se concebia à luz da crença no progresso contínuo da humanidade, e um pouco por toda a parte, brotavam estátuas como cogumelos, fruto da iniciativa de comissões promotoras e executivas, a quem é que hoje interessa, ou pode interessar, afinal, a arte pública? Ou será que a arte pública não é mais do que um artefacto urbano, usado para grafar, escultoricamente, o nome das cidades, fornecendo oportuna legendagem para situar geograficamente as selfies dos turistas?


Participantes
Joana Teixeira – Conservadora – CITAR/EA/UCP
Gabriela Cavaco – Casa da Cerca – Almada
Filipa Oliveira – Câmara Municipal de Almada
Ana Silva Dias – Câmara Municipal de Lisboa
Gabriela Pinheiro – FBAUP-MADEP-R3iAP
João Ribeiro – Artista - projeto Ofiúsa
Maria Augusta Marques- Câmara Municipal do Porto
Mário Neves – Câmara Municipal da Maia
Rui Macário – Projeto Poldra – Viseu

Moderador
José Guilherme Abreu – CITAR/EA/UCP-R3iAP

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