Cinema

Atom Egoyan, Lucrecia Martel e Céline Sciamma encabeçam o grupo de professores da Formação Avançada em Realização de Cinema e Televisão

Formação Avançada em Realização em Cinema e Televisão

A Escola das Artes e a Fundação Calouste Gulbenkian organizaram um Curso de Formação Avançada em Realização em Cinema e Televisão entre os meses de setembro e dezembro de 2022, no Porto. Os alunos foram acompanhados por cinco realizadores, que passaram pela Escola das Artes para falar do seu trabalho, em modo de masterclass, mas também para conduzir tutorias individuais sobre os projetos em curso. 

A encabeçar este grupo de professores, estão Atom Egoyan, Lucrecia Martel e Céline Sciamma – todos eles nomes fundamentais do cinema contemporâneo de ficção e com experiências em diversos campos artísticos – para além dos cineastas portugueses Marco Martins e João Canijo (cuja obra dispensa apresentação).
 
Os flmes destes realizadores mostram-nos a complexidade das sociedades contemporâneas – entre eles, A Mulher Sem Cabeça (Martel), Retrato de Uma Rapariga em Chamas (Sciamma), O Futuro Radioso (Egoyan), São Jorge (Martins) ou Sangue do Meu Sangue (Canijo) – e as tensões do ser humano face às dificuldades que o mundo apresenta.
 
A complementar estes realizadores-tutores, o curso apresentou ainda uma série de criativos das diversas áreas da produção de cinema: Pedro Lopes (escrita de argumento e showrunning), Rui Poças (direção de fotografia), Luís Urbano (produção), João Rui Guerra da Mata (Direção de Arte), Mariana Gaivão (montagem), Andreia Bertini (correção de cor) e Graça Castanheira (realização e argumento). Associam-se a estes criativos, programadores e gestores com vasta experiência em televisão e cinema: Nuno Artur Silva e Teresa Paixão.
 

BIOGRAFIAS

Lucrecia Martel
A realizadora argentina é uma das mais importantes cineastas contemporâneas, tendo estreado os seus filmes nos principais festivais de cinema. Desde O Pântano (2001) até Zama (2017), Martel tem consolidado a sua posição como criadora de atmosferas ficcionais que retratam a claustrofobia e a solidão dos nossos tempos. 
 
Atom Egoyan
Nomeado para dois óscares pelo filme O Futuro Radioso (1997), Atom Egoyan é um cineasta canadiano de ascendência arménia que acompanhou o renascimento do cinema indie americano durante os anos 1990. É um artista multifacetado, com obras para cinema, televisão, mas também para teatro, ópera e instalações artísticas. O seu trabalho lida, sobretudo, com a alienação e o impacto da tecnologia na vida moderna.
 
Céline Sciamma
Uma das mais promissoras cineastas francesas, Céline Sciamma surpreendeu o mundo cinéfilo com Retrato de Uma Rapariga em Chamas (2019), um drama queer no universo do filme de época (final do século XVIII), que estreou na competição oficial de Cannes. Bando de Raparigas (2014) ou Petite Maman (2021) são obras que demonstram uma vontade de olhar para o universo feminino e para a fluidez das suas identidades.
 
Marco Martins
Artista e cineasta português, Marco Martins tem desenvolvido um trabalho diverso que vai, para além do cinema mais clássico, à televisão e ao teatro, performance e instalação. Entre os seus filmes, Alice (2005), a sua primeira longa, foi um dos filmes mais celebrados da década, e São Jorge (2016) mostrou a face escondida da grande crise de 2008-2012. Lidando com personagens em perigo, o cineasta examina o lado mais íntimo da nossa sociedade.
 
João Canijo
Um dos mais importantes cineastas portugueses, João Canijo tem uma obra longa, onde coloca as suas personagens a discutir as mudanças sociais de Portugal, e a partir das quais demonstra a violência subterrânea da sociedade (como em Noite Escura, 2004, ou Sangue do Meu Sangue, 2011). Tendo já passado pelas seleções oficiais de Cannes e Veneza, Canijo tem também um apurado método de trabalho com atores. Foi ainda encenador de teatro.
 
Luís Urbano
Um dos mais importantes produtores de cinema portugueses, Luís Urbano tem desenvolvido a sua atividade à volta de O Som e a Fúria, uma das mais relevantes casas de produção atuais. A sua experiência atravessa vários filmes ao longo de duas décadas de trabalho, muitas delas premiadas, ou feitas em coprodução. Entre outros, produziu filmes de Miguel Gomes, Manoel de Oliveira, Salomé Lamas, Ira Sachs ou Lucrecia Martel. É membro da Academy of Motion Picture Arts and Sciences.
 
Pedro Lopes
Um dos mais reputados showrunners portugueses e responsável pela primeira série portuguesa produzida para a Netflix: Glória (2021). Desde 2007, é diretor de Conteúdos da produtora SP Televisão. Tem escrito para cinema e televisão, sendo da sua autoria mais de vinte títulos, entre curtas e longas-metragens, mini-séries, séries e telenovelas. As suas obras têm estado presentes nos principais festivais internacionais de televisão, como os Emmy Internacional.
 
Graça Castanheira
Há longo de mais de duas décadas, Graça Castanheira tem construído um percurso sólido no terreno do cinema documental. Destacam-se, entre outros, os filmes Angst (2010), A Rua da Estrada (2012) e a série documental Herdeiros de Saramago (2020). É, atualmente, professora na Escola Superior de Teatro e Cinema.
 
Rui Poças
Talvez um dos mais internacionais diretores de fotografia portugueses, Rui Poças tem um currículo invejável de colaborações, de que se destacam os portugueses Miguel Gomes ou João Pedro Rodrigues. Tem trabalhado em muitas produções brasileiras e argentinas, tendo fotografado filmes para Lucrecia Martel ou Ira Sachs. Tem também um percurso pela publicidade.
 
João Rui Guerra da Mata
Mais conhecido pelos filmes que realizou – quer a solo (O Que Arde Cura), quer em dupla com João Pedro Rodrigues (A Última Vez que Vi Macau) –, João Rui Guerra da Mata é também diretor de arte, sobretudo nos filmes de João Pedro Rodrigues e Carlos Conceição. Foi também professor dessa área na Escola Superior de Teatro e Cinema.
 
Mariana Gaivão
Cineasta com uma obra com várias curtas-metragens, Mariana Gaivão tem também uma carreira como montadora, sobretudo para filmes de Marco Martins, João Pedro Rodrigues ou Carlos Conceição.
 
Andreia Bertini
Uma das mais ativas criativas da correção de cor da indústria portuguesa, com mais de uma centena de créditos, tanto para cinema, como para televisão. Tem trabalhado com os principais cineastas portugueses contemporâneos.
 
Nuno Artur Silva
Fundador do coletivo Produções Fictícias, Nuno Artur Silva tem uma longa experiência de escrita e produção para cinema e televisão. Foi ainda administrador da RTP entre 2015 e 2018, e Secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Média entre 2019 e 2022.
 
Teresa Paixão
É a atual diretora da RTP2, para a qual tem gerido os conteúdos há mais de duas décadas. Pelas suas mãos têm passados inúmeros projetos de cinema e televisão, que a RTP2 tem coproduzido.
 
 

Parceria

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Contactos

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E-mail: artes@ucp.pt

Tel.: (+351) 226 196 267 | 240 | 275 

 

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