Natural de Kryvyi Rih, na Ucrânia, Alina Didenko está no último ano do Mestrado em Som e Imagem na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. Enquanto estudante refugiada, encontra na dor a sua maior fonte de inspiração. “Ver algo de bom a nascer de toda a dor torna-a ainda mais valiosa,” conta-nos.
E é o que Alina faz através dos filmes que produz, como é o caso do projeto final de curso “Bus Stop”. Uma curta-metragem que realizou com a “responsabilidade de partilhar a consciência da agressão russa na Ucrânia e salvar a cultura, enquanto o agressor tenta apagá-la fisicamente com a guerra.”
Com este filme, a estudante da Universidade Católica ilustra uma “comunidade internacional de animação reunida como pássaros que constroem um ninho comum para verem filmes.”
Este projeto inspirador representa a “responsabilidade de ajudar a pátria mesmo a partir do estrangeiro” e a esperança de Alina de ajudar a salvar o país a reconquistar a independência, através da expressão artística.
Com um passado marcado pela guerra, a jovem artista ressalva: “toda a arte é política.” É um manifesto, quer seja para apoiar ou criticar as condições em redor.
Graduada em Belas Artes, Alina pôde retomar os estudos, interrompidos pela guerra, na Católica, onde foi apoiada desde cedo, e encontrou uma comunidade de refugiados que partilham histórias similares.
Tudo graças à Iniciativa de Apoio a Estudantes e Investigadores Refugiados. “Sou grata por esta experiência, que me ajudou a integrar na sociedade portuguesa da animação e da arte, e a continuar os meus estudos depois de deixar o meu país”, partilha a jovem artista.